Bares clandestinos, em Manaus, apagam luzes, desligam som e burlam fiscalização na pandemia
06 de dezembro de 2020

Com informações da assessoria
MANAUS – Para evitar novos casos de Coronavírus no Amazonas, Governo do Estado e Prefeitura de Manaus decidiram criar, em julho, a Central Integrada de Fiscalização (CIF) para acompanhar o cumprimento do decreto estadual para o funcionamento de bares durante o período de pandemia. Em balanço divulgado esta semana, a CIF informou que mais de 600 punições foram registradas, entre fechamento de estabelecimentos e notificações. Acontece que para burlar essa fiscalização, organizadores desses eventos se desdobram em artimanhas para continuar com as festas em funcionamento.
De acordo com o secretário executivo-adjunto de Gestão Integrada da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), coronel Hermes Macedo, a Central exerce um trabalho fundamental na prevenção da Covid-19, mesmo com as dificuldade de eventos clandestinos.
“Muitos buscam formas de burlar os decretos. Eles colocam pessoas nas proximidades do CICC (Centro Integrado de Comando e Controle) para avisar quando as equipes estão saindo. Quando os agentes chegam, eles apagam as luzes, desligam o som, todos os presentes ficam quietos para parecer que não tem ninguém no local”, descreveu Hermes.
Nos anúncios, os organizadores não colocam endereço e só fornecem o endereço ao participante após pagamento, minutos antes da festa começar. Isso exige um trabalho de investigação redobrado.
Além de desrespeitar todas as normas sanitárias de prevenção ao novo coronavírus, os eventos clandestinos também desprezam regras básicas de segurança, como os itens para prevenção de incêndios e outros acidentes. Quem compra ingresso para participar dessas festas não tem noção do risco que está correndo.
Estatística
A CIF é formada por equipes compostas por policiais, agentes sanitários e de trânsito. Desde julho, 321 espaços foram fechados, 255 receberam notificações ou autuações, e 72 foram interditados.
Segundo coronel Hermes, a região do Tarumã, na zona oeste de Manaus, tem sido preferencial para a realização desses eventos clandestinos. “São locais como chácaras, em áreas com estradas não asfaltadas, para dificultar o acesso, e galpões ou casas fechadas para parecer festa particular”, explicou.