Barroso diz que TSE se preparou para guerra contra fake news e que redes viraram ‘parceiras’

O ministro Luis Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (Nelson Jr/ STF)

Com informações do Estadão

BRASÍLIA – O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, afirmou que as empresas de tecnologia e as redes sociais tornaram-se parceiras do TSE no enfrentamento à desinformação. Segundo Barroso, essas empresas ‘passaram a ser um instrumento grave do comprometimento da democracia, passaram a depor em casas legislativas e depois mudaram de atitude’. A mudança, diz o ministro, foi ‘decisiva para minimizar o impacto’ das notícias falsas.

“As empresas de tecnologia mudaram de atitude. O comportamento que elas mantiveram em 2016, nas eleições dos Estados Unidos, e em 2018, no Brexit, era ‘não interfiro, não me meto, não quero nem saber, não sou censor privado’”, disse Barroso, em entrevista coletiva.

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Na sequência, o presidente do TSE elencou parcerias feitas com essas plataformas e também com empresas de jornalismo tradicional e de checagem de fatos como um esforço importante e inédito contra a desinformação. “Temos a impressão de que ganhamos essa batalha. As informações fraudulentas não tiveram um papel relevante nessas eleições”, resumiu Barroso. “Nos preparamos para uma guerra contra as fake News”, disse em outro momento de entrevista coletiva nesta tarde.

Como fruto dessas parcerias, Barroso afirmou que o TSE foi capaz de distribuir pelos veículos de imprensa notícias verdadeiras e checagens de fatos. Outro fator citado pelo presidente do TSE que pode ter contribuído para coibir a disseminação de notícias falsas foram prisões em flagrante contra pessoas dedicadas a espalhar essas mentiras. “Os ‘profissionais de fake news’, a gente manda a PF [Polícia Federal] atrás. Fizemos prisões em flagrante em diversos locais de origem de fake news, e isso também funcionou como desestímulo”, argumentou.

Barroso também disse que não sabe afirmar se as eleições municipais são menos afetadas pela desinformação do que as eleições nacionais. Ele disse que as eleições municipais ‘são mais acirradas localmente, e com maior possibilidade de profusão de fontes de notícias falsas’, problema que se agrava diante dos quase 5.600 municípios brasileiros.

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