Bolsonaro cancela pronunciamento que pedia volta ao trabalho mesmo com mais de 14 mil mortes, no Brasil

Ancorado nas posições mercadológicas de seu guru ecônomico, Paulo Guedes, Bolsonaro irá convocar a nação, para um esforço de guerra contra o novo Coronavírus, logo mais a noite (Reprodução/Antropofagista)

Mencius Melo – da Revista Cenarium

Em reunião virtual ocorrida na quinta-feira, com empresários da toda poderosa Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), o Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comunicou que faria um pronunciamento oficial na noite de hoje (sábado), a partir das 20h30 (horário de Brasília). No entanto, momentos depois, cancelou sua entrada na TV e em rádios.

O pronunciamento teria como eixo central a ‘volta ao trabalho e a normalidade’, como informou o mandatário, aos videoconferencistas. “Já pedi ao Paulo Guedes que comece a revisar o que eu vou falar para a gente dar mensagem logicamente objetiva, voltada para a vida, voltada para a economia, para nós sairmos em que nos encontramos”, adiantou o presidente.

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Mais do mesmo

No pronunciamento, segundo fontes, o presidente deveria bater nas mesmas teclas do seu já conhecido discurso, que são a avalição de que “o desemprego mata tanto quanto o vírus…” e “que o uso da Cloroquina é a solução para o tratamento do Coronavírus…”, além claro, de culpar os governadores pela “quebradeira econômica do país”. “Nós temos que ter mais do que comercial de esperança, temos de transmitir confiança”, insistiu.

Lobby e conspiração

Ainda na mesma reunião virtual, Bolsonaro pediu para que os empresários “peguem pesado” com os governadores. “Estão tentando quebrar a economia, para atingir o governo”, declarou em tom conspiratório.

“Nós devemos buscar cada vez mais rápido abrir o mercado”, atacou. E voltou a relativizar que vida e emprego, fazem parte de uma mesma equação. “Que deviam ser tratados da mesma forma, com a mesma responsabilidade”, finalizou o presidente.

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