Bolsonaro diz a influenciador Cauê Moura que não seria difícil acertar tiro em ‘gordinho’ como ele
07 de fevereiro de 2022
Ofensa se soma a recentes ataques preconceituosos desferidos pelo presidente e seu filho (Reprodução/Internet)
Com informações da Folhapress
BRASÍLIA – Jair Bolsonaro (PL) escreveu nas redes sociais nesta segunda-feira, 7, que não seria difícil acertar um tiro em um alvo que fosse “gordinho” como o influenciador Cauê Moura, que havia criticado as habilidades do presidente no manuseio de uma arma de fogo.
Moura compartilhou um vídeo em que Bolsonaro tenta disparar a arma, mas parece ter dificuldades e não consegue em um primeiro momento. Ele então é ajudado por seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), e por um instrutor. O material foi gravado no domingo, 6, em um clube de tiro localizado em Brasília.
O influenciador escreveu um comentário em que diz que “o capitão mentecapto não sabe nem atirar”.
Em resposta, Bolsonaro disse: “confesso que não dá para disputar uma olimpíada, mas em uma eventual invasão de propriedade, se o alvo fosse um gordinho do seu tamanho não ficaria tão difícil acertar”. Ele também publicou a foto de um alvo de papel com marcas de tiros.
Publicação feita por Jair Bolsonaro (Reprodução/Twitter)
A ofensa gordofóbica se soma a ataques preconceituosos que Bolsonaro e seu filho Eduardo (PSL-SP) proferiram nos últimos dias.
Na quinta-feira, 3, Bolsonaro se referiu aos nordestinos usando o termo depreciativo ‘pau de arara’. No dia seguinte, o filho publicou vídeo ridicularizando o trabalho de mulheres em obra do metrô de SP que ruiu.
O youtuber e influenciador Cauê Moura (Marcelo Justo/UOL)
Como mostrou o Painel, os ataques tiveram como alvos duas das fatias do eleitorado nas quais o presidente mais sofre rejeição, mulheres e nordestinos.
O Datafolha de dezembro mostrou Bolsonaro com 17% de intenções de voto no Nordeste, contra 61% de Lula (PT). No eleitorado feminino, ele tem 20%, enquanto o petista marca 49%.
Bolsonaro foi apontado como o candidato em que não votariam de jeito nenhum por 61% das mulheres, o mais mal avaliado entre todas as opções. Na sequência aparecem Lula, com 32%, e João Doria, com 29%.
A estratégia suicida alarmou aliados e levou a apelos para que ele indique uma mulher para vice, como Tereza Cristina (Agricultura) ou Damares Alves (Direitos Humanos).
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