Bolsonaro lamenta morte de Genivaldo em ‘câmara de gás’, mas defende PRF: ‘Faz um trabalho excepcional’

Ao mencionar os "dois fatos", Bolsonaro fazia referência ao assassinato de dois policiais rodoviários no Ceará (Clauber Cleber Caetano/Presidência da República)
Com informações do Infoglobo

BRASÍLIA – O presidente Jair Bolsonaro lamentou nesta segunda-feira, 30, a morte de um homem, por asfixia, dentro de um carro da Polícia Rodoviária Federal (PRF), mas afirmou que “não podemos generalizar tudo o que acontece” no Brasil. Ele defendeu a PRF e disse que a corporação faz um trabalho “excepcional”.

“A gente lamenta o ocorrido dos dois fatos, nos dois episódios, lamenta muito o ocorrido. Não podemos generalizar tudo o que acontece no nosso Brasil, a PRF faz um trabalho excepcional para todos nós”, disse Bolsonaro durante coletiva de imprensa, no Recife, para tratar das fortes chuvas em Pernambuco.

Ao mencionar os “dois fatos”, Bolsonaro fazia referência ao assassinato de dois policiais rodoviários no Ceará. Os dois casos não têm relação.

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Em Sergipe, o homem de 38 anos foi algemado e colocado dentro do porta-malas da viatura, enquanto saía fumaça de dentro do carro. Imagens da ação foram amplamente compartilhadas nas redes sociais. A vítima, identificada como Genivaldo de Jesus Santos, chegou a ser socorrida, mas não resistiu.

Assim como na semana passada, Bolsonaro iniciou sua fala sobre a morte de Genivaldo lembrando o assassinato dos policiais. Antes mesmo de lamentar “os dois casos”, ele lamentou o episódio com os dois agentes.

“Eu lamento o ocorrido há duas semanas, aproximadamente, com dois policiais rodoviários federais, que ao tentar tirar um elemento da pista, conseguiu sacar a arma de um deles e executou dois”, afirmou Bolsonaro no início de sua fala.

O presidente afirmou que “a Justiça vai decidir esse caso” e espera que a resolução ocorra sem “exageros” e “pressão”.

“A Justiça vai decidir esse caso, e com toda certeza será feita justiça, todos nós queremos isso aí, sem exageros e sem pressão por parte da mídia que sempre tem lado, o lado da bandidagem”, disse.

Antes, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, afirmou que “não há o que se dizer” enquanto os inquéritos abertos pela Polícia Rodoviária Federal e pela Polícia Federal não forem concluídos.

“Os processos, tanto o processo administrativo, no âmbito da Polícia Rodoviária Federal, quanto o inquérito policial no âmbito da Polícia Federal, foram instaurados, os procedimentos estão acontecendo, a apuração será mais breve possível, e enquanto não houver a finalização desses procedimentos não há o que se dizer, não há o que se falar. O que tinha que ser feito pelo Estado já foi feito e, agora, é aguardar a finalização”, disse o ministro.

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