Bolsonaro ironiza CPI da Covid, questiona se será ‘Carnaval fora de época’ e volta a defender cloroquina

O presidente também repetiu que só será vacinado "quando o último do Brasil tomar a vacina" e disse que esse é seu "exemplo" como chefe de Estado (Alan Santos/Presidência)

Com informações do O Globo

BRASÍLIA – O presidente Jair Bolsonaro criticou nesta quarta-feira, 28, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, instalada na terça-feira, 27, no Senado, e questionou se ela irá convocar governadores e prefeitos ou se fará um “Carnaval fora de época”.

Senadores governistas e o próprio Bolsonaro pressionaram para que a CPI também investigasse governadores e prefeitos, e não só o governo federal. Como o regimento interno determina que o Senado não tem competência para investigar Estados e municípios, a solução encontrada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), foi de autorizar a investigação também de repasses federais aos governos locais.

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“A CPI vai chamar (governadores e prefeitos) ou vai querer fazer Carnaval fora de época? Vão se dar mal. Aqueles que estão com essa intenção… Lá tem gente bem intencionada, gente que… Não é que me defende, está falando a verdade. Mas tem um outro lá que quer fazer uma onda só”, disse Bolsonaro, durante conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada.

Bolsonaro questionou a intenção de membros da CPI de investigar sua conduta e reforçou a defesa da cloroquina, medicamento que a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que não tem eficácia contra a Covid-19.

“CPI vai investigar o que? Eu dei dinheiro para os caras. O total foi mais de 700 bilhões de reais, (com) auxílio emergencial no meio. Muitos roubaram dinheiro, desviaram. Agora vem uma CPI para investigar conduta minha? “Se ele foi favorável à cloroquina ou não”. Se eu tiver um novo vírus, eu vou tomar de novo. Me safei em menos de 24h, assim como milhões de pessoas”, afirma.

O presidente também repetiu que só será vacinado “quando o último do Brasil tomar a vacina” e disse que esse é seu “exemplo” como chefe de Estado. “Agora, questão da vacina: quando o último do Brasil tomar a vacina, eu tomo. Tem gente apavorada, então toma na minha frente. Eu sou chefe de Estado e tenho que dar exemplo. Meu exemplo é esse: deixar, já que não tem para todo mundo ainda, tomar na minha frente”, destacou.

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