Bolsonaro mantém pior avaliação do governo, com 53% de reprovação, diz pesquisa

Bolsonaro deixa cerimônia de posse da André Mendonça no STF, nesta quinta-feira, 16. (Adriano Machado/ Reuters)

Com informações da Folha de S. Paulo

SÃO PAULO – O presidente Jair Bolsonaro (PL) mantém o pior nível de avaliação de seu governo, neste final de terceiro ano de mandato, com 53% dos brasileiros reprovando a forma com que administra o País. O dado foi aferido pelo Datafolha, em pesquisa realizada em 191 cidades do País. Nela, foram ouvidas 3.666 pessoas, presencialmente, de 13 a 16 de dezembro. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

Segundo o instituto, apenas 22% dos entrevistados considera o governo de Bolsonaro bom ou ótimo, enquanto 24% o avaliam como regular. Já 1% não opina. Os dados mostram uma estabilidade em relação à pesquisa anterior, de 13 a 15 de setembro. Ao longo desses três anos, a reprovação de Bolsonaro ultrapassou a aprovação, j​á após oito meses de mandato, no longínquo agosto de 2019.

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Dali em diante, com a chegada da pandemia, em 2020, chegou a um ápice em junho daquele ano, com 44% de ruim/péssimo. O auxílio emergencial aos mais afetados na crise fez efeito e Bolsonaro viu sua reprovação cair a 32% em dezembro passado.

De lá para cá, contudo, ela só fez subir, chegando ao nível dos 53% em setembro deste ano. Concorrem muito para essa deterioração a piora no ambiente econômico e social, devido à recessão técnica em que o País está, e ao aumento da inflação.

Até o 7 de Setembro, quando Bolsonaro promoveu um desafio golpista ao Judiciário, a crise institucional também tornava o ambiente político turbulento de forma apoplética. Atos de rua que vinham ganhando corpo contra o presidente, contudo, refluíram e sumiram da paisagem política.

A relativa acomodação depois que o presidente selou o casamento com o centrão, simbolizado na entrada do PP no núcleo do governo e na sua filiação ao PL, reduziu a balbúrdia, mas é especulação associar isso à estabilização dos indicadores, ocorrida no mesmo período.

Seja como for, Bolsonaro só perde para Fernando Collor de Mello (PRN) em termos de reprovação de um presidente eleito, diretamente, em primeiro mandato desde a redemocratização.

O hoje senador tinha 68% de ruim/péssimo em altura um pouco anterior a do governo (2 anos e 6 meses), mas já estava no fogo do impeachment que o fez renunciar em dezembro de 1992.

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