Bolsonaro pede para ‘apagar um ponto de luz em casa’ para economizar energia elétrica

As grandes hidrelétricas, como Furnas (foto), são as responsáveis pela produção de energia elétrica do País (60,26%) (Apu Gomes/Folhapress)
Com informações da Folha de S. Paulo

BRASÍLIA – O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu nessa quinta-feira, 26, para a população apagar um ponto de luz em casa para economizar energia. Ele disse que hidrelétricas podem parar de funcionar por causa da crise hídrica. O apelo do presidente foi feito em transmissão nas redes sociais. Bolsonaro afirmou ainda que o governo não eleva as tarifas de energia “por maldade”.

“Fazer um apelo para você que está em casa. Tenho certeza de que você pode apagar um ponto de luz na sua casa agora. Peço esse favor a você, apague um ponto de luz agora”, disse o presidente.

“Ajuda, assim, a economizar energia e água das hidrelétricas. E em grande parte dessas represas já estamos na casa de 10%, 15% de armazenamento. Estamos no limite do limite. Algumas vão deixar de funcionar se essa crise hidrológica continuar existindo”, afirmou.

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O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, anunciou nessa quarta-feira, 25, um plano de descontos na conta de luz para os consumidores regulados (ligados a distribuidoras) residenciais e empresariais que se dispuserem, voluntariamente, a economizar energia.

O governo rechaça que haverá racionamento de luz. A medida deverá entrar em vigor no início de setembro, mas o ministério não detalhou o plano. Albuquerque disse que, em conjunto com a agência, está definindo as metas de economia e os prêmios.

Assessores do Palácio do Planalto avaliam que a adoção de um racionamento no momento prejudicaria ainda mais Bolsonaro em sua campanha pela reeleição. O presidente vê sua popularidade despencar diante de medidas contra a pandemia e da degradação do cenário econômico — com alta de desemprego, aumento da pobreza e escalada da inflação.

Para cobrir os custos com geração de energia em razão da crise hídrica, o governo precisa acionar as térmicas, que produzem uma luz mais cara.

Esses valores adicionais são repassados aos consumidores por meio das chamadas bandeiras tarifárias. Hoje está em vigor a bandeira mais cara —a vermelha—, cujo custo adicional para o consumidor é de R$ 9,492 para cada 100 kWh consumidos. O órgão responsável pela alteração das bandeiras é a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

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