Bolsonaro pede para STF suspender medidas restritivas tomadas por três Estados


27 de maio de 2021
Bolsonaro pede para STF suspender medidas restritivas tomadas por três Estados
Na ação, apresentada por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), Bolsonaro pede para os decretos serem considerados inconstitucionais (Pablo Jacob/Agência O Globo)

Com informações do O Globo

BRASÍLIA — Em meio ao risco de uma terceira onda de Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro pediu, nesta quinta-feira, 27, para o Supremo Tribunal Federal (STF) suspender medidas restritivas adotadas nos últimos dias por três Estados: Paraná, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

Na ação, apresentada por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), Bolsonaro pede para os decretos serem considerados inconstitucionais “por violação aos princípios democrático, do Estado de Direito, da legalidade e da proporcionalidade, bem como por afronta aos direitos fundamentais ao trabalho, à livre iniciativa e à subsistência”.

Os decretos do Paraná e do Rio Grande do Norte estabeleceram um toque de recolher em determinados horários. Já o decreto de Pernambuco restringe o funcionamento de determinados estabelecimentos comerciais. As três medidas foram tomadas entre os dias 21 e 25.

Para justificar o pedido de suspensão provisória dos decretos, antes da análise do mérito, o governo alega que “é notório o prejuízo que será gerado para a subsistência econômica e para a liberdade de locomoção das pessoas com a continuidade dos decretos de toque de recolher e de fechamento dos serviços não essenciais impostos em diversos locais do país”.

Em nota à imprensa, a AGU afirmou que a ação não pretende questionar decisões anteriores do STF que reconheceram autonomia de estados e municípios para tomarem medidas restritivas. O órgão considera, no entanto, que “algumas dessas medidas não se compatibilizam com preceitos constitucionais inafastáveis”.

“A iniciativa presidencial defende que a necessária proteção à saúde deve ser conjugada com a proteção mínima das demais liberdades fundamentais e, ainda, deve considerar os devastadores efeitos que medidas extremas e prolongadas trazem”, diz a nota.

Em março, Bolsonaro já havia apresentado uma ação no STF contra decretos de governadores (na ocasião, Bahia Distrito Federal e Rio Grande do Sul). Na época, no entanto, o pedido foi negado por uma questão técnica: o ministro Marco Aurélio disse que a ação não deveria ter sido assinada por Bolsonaro, mas pela AGU.

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