Bolsonaro piora imagem do Brasil em NY e adultos do Congresso ‘governam’ agenda

Prefeito de Nova York: 'Se você não quer se vacinar, nem precisa vir'. (Reprodução)

Via Brasília – Cenarium

Vácuo de poder

Nada é mais breve do que o vácuo de poder. Os mais ajuizados e atentos correm de pronto para ocupá-lo, até porque, se na física não existe espaço vazio, em política as lacunas não subsistem por muito tempo. Passeando pelas ruas de Nova York sem máscaras e apontando dedos médios aos críticos, a comitiva do presidente Jair Bolsonaro, com seus ministros mais próximos, faz o que sabe de melhor: causar ruído nacional e internacional, polêmica e, claro, não governar.

Governo fraco

Bolsonaro chegou nos EUA no domingo e, desde então, tem abusado do seu marketing populista para agradar aos seguidores da sua seita e, desse modo, tenta recuperar seu engajamento nas redes. No encontro com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, exibiu um sorriso orgulhoso por não ter se vacinado. Enquanto Bolsonaro joga para sua plateia, o Congresso cuida dos assuntos que só os “adultos” conseguem lidar. Como, por exemplo, a PEC dos Precatórios. As sucessivas reuniões entre os presidentes da Câmara, Arhur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco, ainda não resultaram numa proposta unificadora.

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Parlamento forte

Faltando pouco mais de dois meses para terminar o ano, Bolsonaro e equipe pouco se mobilizam para tocar as reformas importantes para o País. Gastam energia com MPs e projetos como o “libera geral’ das fake news e das armas. Nesse vácuo, Pacheco e Lira entraram para buscar uma solução de PEC que alie equilíbrio fiscal e folga orçamentária para aumentar o Bolsa Família. Todas as propostas até agora ventiladas têm tido muitas dificuldades para construir maiorias. Em resumo, a bola está com o Congresso. Pois, como se diz, governo fraco, parlamento forte.

Novas rodadas

Os presidentes do Senado e da Câmara têm, hoje, nova rodada de conversas na residência oficial de Pacheco, desta vez com a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes. Como a coluna Via Brasília já adiantou, não basta a concordância dos dois, é preciso que as bancadas apoiem a solução que será dada à PEC dos Precatórios, como pontuaram os líderes das duas Casas no final da noite. Ontem, Lira ressaltou que as conversas precisam chegar a um texto “igual” que passe pela Câmara e pelo Senado e que respeite o teto de gastos e garanta recursos para programas sociais.

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