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Bolsonaro recebe marcha de tanques no Planalto sem chefes de outros poderes
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10 de agosto de 2021
Com informações do UOL
BRASÍLIA – O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) acompanhou hoje, ao lado dos chefes militares, a passagem de tanques pelo Palácio do Planalto, em Brasília. As imagens foram exibidas em uma live transmitida pelo Facebook de Bolsonaro e durou menos de nove minutos.
O evento inédito gerou protestos, principalmente da oposição, já que ocorreu no mesmo dia em que a Câmara pautou a votação da proposta de emenda à Constituição que institui o voto impresso.
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Ontem, Bolsonaro usou as redes sociais para convidar autoridades para o desfile. Nenhuma compareceu. Entre eles estavam o presidente do STF, ministro Luiz Fux, o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Luís Roberto Barroso, e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Mesmo que não nominalmente, o chefe do Executivo estendeu o convite aos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), do TCU (Tribunal de Contas da União), ministra Ana Arraes, do STJ, ministro Humberto Martins, e do TST (Tribunal Superior do Trabalho), ministra Maria Cristina Peduzzi. Também convidou deputados e senadores, dizendo que se “honraria” com a presença de cada um deles.
Ontem, Bolsonaro usou as redes sociais para convidar autoridades para o desfile. Nenhuma compareceu. Entre eles estavam o presidente do STF, ministro Luiz Fux, o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Luís Roberto Barroso, e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Mesmo que não nominalmente, o chefe do Executivo estendeu o convite aos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), do TCU (Tribunal de Contas da União), ministra Ana Arraes, do STJ, ministro Humberto Martins, e do TST (Tribunal Superior do Trabalho), ministra Maria Cristina Peduzzi. Também convidou deputados e senadores, dizendo que se “honraria” com a presença de cada um deles.
Em vez deles, estavam ao lado do chefe do Executivo, na porta do Palácio, o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e os chefes militares da Aeronáutica (Carlos de Almeida Baptista Júnior), Exército (Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira) e Marinha (Almir Garnier Santos). O presidente acenou durante a passagem do comboio, enquanto seguidores gritavam ao fundo.
Enquanto durou o desfile, nem o presidente, nem os comandantes militares usavam máscara. O Brasil já ultrapassou mais de 564 mil mortes em decorrência da pandemia do novo coronavírus.
O desfile ocorre em um momento de forte tensão entre o Governo Bolsonaro e o Poder Judiciário. Segundo nota da Marinha divulgada ontem, “um comboio com veículos blindados, armamentos e outros meios da Força de Fuzileiros da Esquadra, que partiu do Rio de Janeiro”, passaria por Brasília ao longo desta manhã.
O destino final é o CIF (Campo de Instrução de Formosa), onde é feito anualmente, desde 1988, um grande treinamento da Marinha, a chamada Operação Formosa. A parada no Palácio do Planalto teve como justificativa a entrega do convite a Bolsonaro para o treinamento.
No trajeto, o comboio passou em frente ao Palácio do Planalto, que fica na Praça dos Três Poderes, junto com o Congresso Nacional e o STF. Um ato deste tipo em pleno dia útil é inédito.
Votação do voto impresso
O desfile ocorreu no mesmo dia que a Câmara deve votar a PEC (proposta de emenda à Constituição) 135/19, que estabelece o voto impresso, o que gerou incômodo entre parlamentares. Arthur Lira lamentou o que definiu como uma “trágica coincidência” e abriu a possibilidade de adiar a votação.
Em nota divulgada à imprensa, a Marinha tentou minimizar o desgaste gerado com outras Forças e também no meio político, e afirmou que o ato “simbólico” não tem relação com o projeto do voto impresso.
Ao UOL, a assessoria de imprensa de Luiz Fux informou que o ministro não compareceria ao evento, alegando que o presidente do STF não está em Brasília, mas no Rio de Janeiro.
Ameaça democrática
Posicionado à esquerda do presidente, o ministro da Defesa, Braga Netto, teria, segundo informou o jornal O Estado de S. Paulo, ameaçado a democracia e condicionado o processo eleitoral ao voto impresso.
Em nota divulgada à época, Braga Netto negou a ameaça e afirmou que “não se comunica com os Poderes por meio de interlocutores”, mas no mesmo documento voltou a defender o voto impresso.
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