Da Revista Cenarium
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) confirmou o ator Mário Frias como o novo Secretário Especial da Cultura, no lugar de Regina Duarte, que deixou o cargo no fim de maio. O acerto aconteceu após reunião, nesta quinta-feira, 18, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF). A sua nomeação está programada para ser publicada na edição desta sexta-feira, 19, do Diário Oficial da União.
O presidente chegou a sondar outros nomes para a Secretaria de Cultura, mas acabou anunciando o ator, que ficou conhecido por participar da novela adolescente “Malhação”, da Rede Globo, no fim dos anos 1990.
Nos últimos dias, Mário Frias intensificou a defesa ao Governo nas redes sociais. Ele endossou uma declaração polêmica do presidente sobre filmar hospitais como forma de fiscalizar a ocupação de leitos por pacientes com Covid-19.
O ator questionou se estava acontecendo um “milagre” e postou: “Foi só o Presidente Bolsonaro pedir ao povo para filmar que os hospitais se esvaziaram. Filma mais, meu povo, que milagrosamente adeus Coronavírus!”.
No seu perfil oficial no Instagram, Frias resumiu sua carreira. “A história de um jovem brasileiro que nos encanta na telinha desde 1996”. A publicação foi visualizada mais de 26 mil vezes até o início da noite desta quinta-feira.
A nomeação de Mário Frias como secretário Especial de Cultura é vista com desconfiança por parlamentares e líderes partidários.
Na avaliação do senador Fabiano Cantarato (Rede-ES), a secretaria ainda deve atravessar um longo inverno de obscurantismo.
“Se a gestão ruidosa de Regina terminou, o mesmo não se pode dizer sobre o obscurantismo na Cultura, que ainda atravessará um longo inverno”, afirmou Cantarato.