Bolsonaro vai mediar ‘perdão’ a motorista brasileiro preso há 500 dias na Rússia

O brasileiro foi preso em março de 2019 por desembarcar na Rússia portando Mytedom 10mg (cloridrato de metadona). O medicamento é de uso permitido no Brasil e serve para conter dores fortes (Reprodução)

Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium

MANAUS – O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta terça-feira, 6, que vai buscar “perdão” diplomático ao brasileiro Robson Oliveira, preso na Rússia há mais de 500 dias, sob a acusação de tráfico de substância proibida no País. O ex-motorista prestava serviços ao jogador de futebol Fernando.

“Nossa embaixada nos informou que Robson poderá ser condenado a 20 anos. A juíza do caso acaba de se aposentar e, dessa forma, o processo voltou à estaca zero. A Justiça russa é bastante rígida e independente, mas um perdão do governo local será buscado por nós”, disse o presidente, em uma mensagem publicada no Facebook.

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Segundo Bolsonaro, as diligências serão realizadas pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil, por meio de orientações de Ernesto Araújo, titular da pasta. O intuito, de acordo com o presidente da República brasileira, é abrir um possível diálogo com o presidente Vladimir Putin. “Entramos no caso e o Brasil buscará, diplomaticamente, o retorno do Robson ao Brasil”, afirmou.

Jair pontuou que o caso do motorista, levado até ele por meio do jogador do Palmeiras, Felipe Melo, é complexo, mas não é impossível de ser solucionado.

Entenda o caso

Robson foi preso em março de 2019 por desembarcar na Rússia portando Mytedom 10mg (cloridrato de metadona). A substância é considerada como droga no País, mas é um remédio de uso permitido no Brasil.

À época, o motorista foi contratado para trabalhar para a família de Fernando, que jogava como volante pelo Spartak Moscou. O medicamento seria entregue para o sogro do jogador.

O advogado de Robson Oliveira, Olímpio Soares, aponta que houve “má-fé” tanto do jogador quanto da família, desde o início do caso. “A princípio eu acreditei que ninguém sabia que o remédio era proibido”, afirma. No entanto, ele revelou a existência de declaração de testemunhas que afirmam que o staff do jogador e o departamento médico do Spartak, clube defendido pelo jogador, alertaram para a existência da proibição do medicamento em solo russo. 

Fernando se defende

No instagram, o jogador Fernando se defende das acusações de negligência feitas contra ele. “Boa noite a todos. Segue a sequência de fotos com meus esclarecimentos sobre a questão envolvendo o Robson e documentos que provam que ele tem recebido minha ajuda. Publicarei mais recibos no próximo post”, declarou.

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