Braga Netto diz que Forças Armadas estão sob autoridade suprema do presidente

O ministro da Defesa, Braga Netto, ao lado do presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia de entrega de Espadim aos cadetes da Aman. (Marcos Corrêa/PR)

Com informações do Estadão

BRASÍLIA E RIO – Em mais um sinal de alinhamento com o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Defesa, Braga Netto, disse que as Forças Armadas são “protagonistas dos principais momentos da história do País” e estão “sob autoridade suprema do presidente da República”. O ministro fez o discurso em uma cerimônia militar em Resende (RJ), ao lado do presidente, algumas horas depois de o chefe do Executivo anunciar, nas redes sociais, que apresentará ao Senado pedido de impeachment dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.

No Twitter, Bolsonaro disse que os ministros “extrapolam com atos os limites constitucionais”, mas não se pronunciou no evento. A nova ameaça de Bolsonaro e o discurso de Braga Netto ocorrem após a reunião secreta realizada entre Barroso e o vice-presidente Hamilton Mourão. Conforme revelou o Estadão, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o general tiveram um encontro reservado, na última terça-feira, 10, quando veículos blindados fizeram um desfile na Praça dos Três Poderes.

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Sem citar o nome do presidente, Braga Netto disse aos cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) que confiem na cadeia de comando das Forças Armadas – subordinadas a Bolsonaro – e que os “líderes e superiores” representam a palavra oficial da instituição. “Confiem na cadeia de comando e na lealdade de seus líderes e superiores, eles representam a palavra oficial da Força”, afirmou durante a  cerimônia de entrega do Espadim 2021 aos cadetes do 1º ano da Aman.

Preocupado com o risco de ruptura institucional, conforme apurou o Estadão, Barroso queria saber se as Forças Armadas embarcariam em uma “aventura golpista” promovida por Bolsonaro. Mourão disse mais de uma vez ao presidente do TSE que quem comandava as tropas não avalizaria qualquer golpe. Afirmou que a chance de isso ocorrer era “zero” porque as Forças Armadas se pautavam pela legalidade. Barroso se mostrou aliviado.

No discurso na Aman, Braga Netto repetiu ainda um trecho da Constituição que diz respeito às Forças Armadas, o Artigo 142, mas com alterações na parte final do texto constitucional. “Reafirmo que Forças Armadas continuarão com fé em suas missões constitucionais, como instituições nacionais e permanentes, com base na hierarquia e disciplina, sob autoridade suprema do presidente da República, para assegurar a defesa da pátria, da soberania, da independência e harmonia entre poderes, manutenção da democracia e liberdade do povo brasileiro”, afirmou.

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