Brasil perde 1 milhão de empregos formais no primeiro semestre de 2020

Entre março e junho, porém, número de vagas fechadas supera 1,5 milhão (Reprodução/Internet)

Da Revista Cenarium*

MANAUS – Com queda nas demissões e aumento nas contratações, o mercado de trabalho registrou em junho a menor perda de vagas desde a chegada da pandemia da Covid-19 no Brasil, em março. Houve um fechamento líquido de 10.948 de empregos com carteira assinada em junho, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta terça-feira, 28, pelo Ministério da Economia.

Entre março e junho, porém, a perda de empregos formais chegou a 1,539 milhão. No acumulado do primeiro semestre, o saldo do Caged ficou negativo em 1,198 milhão de vagas, o pior desempenho para o período da série histórica iniciada em 2002.

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Em maio, a perda havia sido de 350.303 vagas, sucedendo o fundo do poço de abril com fechamento de 918.296 postos de trabalho, e a destruição de 259.917 vagas em março. Os dados de meses anteriores foram atualizados hoje pela pasta. Entre março e junho, a perda de empregos formais para a pandemia chegou a 1,539 milhão.

O resultado de junho decorre de 895.460 admissões e 906.444 demissões. O volume representa um acréscimo de 24% nas contratações e uma queda de 16% nos desligamentos em relação a maio. Ainda assim, esse foi o pior resultado para o mês desde 2016, quando o saldo líquido foi negativo em 91.032 vagas. Em junho de 2019, houve a abertura de 48.436 vagas com carteira assinada.

O mercado esperava um desempenho bem pior para o mês passado. O resultado de junho ficou distante do intervalo das estimativas de analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast. As projeções eram de fechamento líquido de 385.705 a 118.000 em junho, com mediana negativa de 195.193 postos de trabalho.

(*) Com informações do Estado de São Paulo

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