Brasil pode ter ‘crise nacional’ por falta de oxigênio, alerta secretário de Saúde do Amazonas

O secretário amazonense ainda chamou a atenção para os perigos que podem partir da nova variante do coronavírus que circula na capital do Amazonas (Foto: AP Photo/Edmar Barros)

Com informações do Yahoo

MANAUS – Marcellus Campêlo, secretário de Saúde do Amazonas, espera que a oferta de oxigênio em Manaus se normalize. Ainda assim, diante do cenário incerto motivado pela descontrole da pandemia na capital amazonense, ele prevê “dias duros” até o final de janeiro ainda com “muita pressão” sobre o sistema de saúde.

“Acredito que com esse impacto agora haja um pouco mais de colaboração da população. Mas acho que ainda ficaremos pelo menos até o fim do mês, lá pelo dia 25 de janeiro, com muita pressão na rede em função desse novo pico”, disse o secretário ao jornal nessa quinta-feira, 14.

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O secretário amazonense ainda chamou a atenção para os perigos que podem partir da nova variante do coronavírus que circula na capital do Amazonas.

“Pacientes chegam precisando muito de oxigênio. Pode haver crise em outras regiões do País, em regiões também isoladas. Se agravar o País todo junto, pode haver uma crise nacional. Os governantes precisam incentivar cuidados sanitários”, alertou ao jornal.

Segundo ele, médicos de Manaus já vinham identificando comportamentos diferentes do vírus em pacientes com quadros mais graves da Covid-19.

“Triplicamos nosso número de internações pela covid-19. Um absurdo a quantidade de casos. Em menos de 15 dias houve explosão da necessidade de internação. Temos de considerar a nova cepa como possível causa”, afirmou o secretário.

Com a necessidade de transportar pacientes de Covid-19 do Amazonas para outros estados devido ao colapso na saúde amazonense, especialistas estão ainda mais preocupados com uma possível propagação da nova cepa por todo o país.

Por falta de oxigênio disponível nos hospitais de Manaus, a Força Área Brasileira iniciou o transporte de pacientes a outros Estados na manhã desta sexta-feira, 15. Até bebês prematuros precisarão de transferência motivada pela falta do insumo hospitalar.

Questionado sobre a crise sem precedentes vivida no Amazonas, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que sua gestão fez “sua parte”.

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