Brasil registra maior média móvel de casos de Covid-19 desde o começo da pandemia

O levantamento aponta, ainda, que nenhum Estado do País apresenta sinal de crescimento na tendência de longo prazo até a SE 16 (Amanda Perobelli/Reuters)

Com informaçõe do O Globo

RIO DE JANEIRO — A média móvel de casos de Covid-19 bateu um novo recorde nesta terça-feira, chegando a 54.784. Isto significa que, nos últimos sete dias, essa foi a média de diagnósticos positivos para o novo coronavírus. Nas últimas 24 horas, foram notificados 61.660 casos da doença, elevando para 8.195.493 o total de pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 em território brasileiro. Também foram registradas 1.109 novas mortes, totalizando 204.726 vidas perdidas. A média móvel de óbitos ficou em 993, quebrando a sequência de dois dias acima de mil.

A “média móvel de 7 dias” faz uma média entre o número do dia e dos seis anteriores. Ela é comparada com média de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda dos casos ou das mortes. O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o “ruído” causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por escassez de funcionários em plantão.

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Os estados que mais notificaram novos casos de Covid-19 foram São Paulo (12.702), Paraná (8.927) e Minas Gerais (7.826). Já os que registram mais mortes foram São Paulo (283), Rio de Janeiro (205) e Rio Grande do Sul (121).

Os dados são do consórcio formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo e reúne informações das secretarias estaduais de Saúde divulgadas diariamente até as 20h. A iniciativa dos veículos da mídia foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde.

Butantan informa que CoronaVac tem eficácia geral de 50,38%

A CoronaVac, vacina produzida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan, tem uma eficácia global de 50,38%, anunciou nesta terça-feira o governo de São Paulo. Os dados incluem os voluntários do teste clínico que contraíram a doença, mas tiveram casos leves, o que mostra que o imunizante é capaz de proteger contra formas graves da Covid-19. A vacina supera o índice recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 50%, apesar de o valor ser menor do que o índice 78% de eficácia anunciado inicialmente.

A taxa global é menor do que os 78% porque inclui casos muito leves de coronavírus, ou seja, mesmo que a pessoa tenha se infectado, pode ter sido assintomática ou não ter necessitado de hospitalização. Para casos moderados e graves da Covid-19 — com hospitalização, incusive em UTIs —, a eficácia do imunizante foi de 100%.

Alguns dos principais nomes das áreas médica e científica do país, que haviam alertado para a falta de dados detalhados da CoronaVac, foram convidados a participar da coletiva de imprensa no Instituto Butantan. Após serem informados sobre o dado, defenderam o início da vacinação assim que houver aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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