Brasil tem 1º ato contra Bolsonaro após ‘superpedido’ de impeachment

O ato também ocorre em todos os Estados brasileiros (Ricardo Oliveira/Revista Cenarium)

Com informações do UOL

BRASÍLIA – O Brasil terá hoje as primeiras manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) após o superpedido de impeachment protocolado na Câmara dos Deputados. Apoiados por sindicatos, partidos de esquerda, centro e até direita, os atos devem ocorrer em ao menos 290 cidades no Brasil e em outros sete países, de acordo com os organizadores.

Chamada “3JForaBolsonaro”, a megamanifestação nacional estava prevista para o fim do mês, mas foi antecipada após as acusações de crime de prevaricação no caso da compra da vacina Covaxin. Nesta semana, os eventos ganharam aderência de quadros de fora da esquerda, que havia prevalecido nos últimos protestos.

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Depois das edições de maio e junho, este é o terceiro grande ato seguido que reúne os opositores ao presidente. No último dia 19, milhares de pessoas foram às ruas em mais de 400 cidades.

“O Brasil não aguentará o governo genocida, e agora investigado por corrupção, de Jair Bolsonaro até 2022. O impeachment é urgente, tem de ser agora”, diz a carta que convoca para os atos, assinada por dez centrais sindicais. A Coalizão Negra, formada por 200 organizações do movimento negro, também confirmou presença.

Além dos sindicatos, movimentos sociais e partidos de esquerda, as manifestações de hoje também foram endossadas por partidos de centro e direita. O PSDB paulistano convocou seus filiados pela primeira vez.

“Nosso líder [o ex-prefeito] Bruno Covas disse que restariam poucos dias para o obscurantismo e o negacionismo e, para que isso se concretize, é necessário que todos os que são a favor da democracia e principalmente da vida se unam contra um governo que coloca o brasileiro a venda por 1 dólar”, declarou o presidente do partido na capital, Fernando Alfredo, por meio de nota.

Também chegou a ser especulada a presença do MBL (Movimento Brasil Livre), mas o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) negou a participação ontem.

“A situação da pandemia [de covid-19] e possibilidade da ascensão de uma terceira onda preocupa. O MBL estará na rua assim que a vacina estiver no braço e a população não estiver em risco”, afirmou o deputado ao UOL.

Como Kataguiri foi uma das frentes no superpedido de impeahment, começou-se a especular o endosso do movimento de direita, que encabeçou manifestações de impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) em 2015.

O presidente nacional do Psol, Juliano Medeiros, brincou em seu Twitter, chamando o MBL para os atos —o que rendeu críticas de parte da esquerda. Ele também elogiou publicamente a adesão do PSDB.

Leia matéria completa no UOL

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