Brasileira Juliana Marins é encontrada sem vida em vulcão na Indonésia, diz família


Por: Ana Pastana

24 de junho de 2025
Brasileira Juliana Marins é encontrada sem vida em vulcão na Indonésia, diz família
A brasileira, Juliana Marins (Composição de Lucas Oliveira/Cenarium)

MANAUS (AM) – A brasileira Juliana Marins, de 26 anos de idade, que caiu em um penhasco na trilha do Monte Rinjani, na Indonésia, foi encontrada sem vida, afirmou a família em comunicado publicado no Instagram, na manhã desta terça-feira, 24. A publicitária sofreu a queda na madrugada da última sexta-feira, 20, em um dos trechos mais perigosos da rota que leva ao cume do vulcão.

A nota informou que “hoje, a equipe de resgate conseguiu chegar até o local onde Juliana Marins estava”, mas ela “não resistiu“. Nesta terça-feira, uma equipe de resgate com 50 voluntários havia iniciado as buscas pela brasileira que estava a cerca de 500 metros abaixo da borda da cratera, o que dificultava a chegada por meio de cordas.

Hoje, a equipe de resgate conseguiu chegar até o local onde Juliana Marins estava. Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu. Seguimos muito gratos por todas as orações, mensagens de carinho e apoio que temos recebido”, consta no comunicado.

Comunicado publicado pela família via Instagram (Reprodução/Instagram)

Juliana Marins era publicitária, de 26 anos, natural de Niterói, no Rio de Janeiro, e estava fazendo um “mochilão” pela Ásia desde o final de fevereiro deste ano. A jovem sofreu uma queda durante uma trilha guiada no Monte Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia, na madrugada do último sábado, 21.

A trilha ao vulcão teria duração de três dias e duas noites, de 20 a 22 de junho, e foi programada com uma agência local, segundo a irmã de Juliana, Marina Marins.

A brasileira Juliana Marins, 26 anos (Reprodução)

O primeiro contato com o resgate aconteceu ainda no sábado, após 16 horas presa a 300 metros da trilha, quando uma equipe de montanhistas conseguiu chegar até a mulher com comida e agasalhos. Nos dois primeiros dias, drones com sensores térmicos não encontraram Juliana. Apenas na manhã de segunda-feira, 23, ela foi localizada. A temperatura do corpo mostrou que ela ainda estava viva, porém se mantinha imóvel.

A irmã da brasileira era quem repassava informações atualizadas de Juliana por meio das informações recebidas da embaixada brasileira em Jacarta, no país indonésio. No domingo, 22, ela informou que as buscas seriam retomadas. “A região é inóspita, está de noite, choveu, então o processo de resgate não ocorreu ainda”, disse.

Imagem de drone de grupo de turistas mostra Juliana Marins em trilha na ilha de Lombok, na Indonésia (Reprodução)

Nessa segunda-feira, 24, a família, por meio do Instagram, chegou a reclamar da falta de informações concretas e do lento trabalho de resgate feito pelas autoridades da Indonésia. De acordo com a família, os trabalhos de resgate foram suspensos há cerca de três horas, no fim da tarde no horário local, devido a condições climáticas desfavoráveis. Além disso, parentes de Juliana informaram que as equipes de salvamento não trabalhavam à noite.

A irmã de Juliana chegou a afirmar que a família estava recebendo informações desencontradas do governo indonésio. Durante a madrugada desta terça-feira, o perfil da família no Instagram informou que ela tinha sido localizada e que uma equipe de resgate estava se deslocando até o local.

O parque segue com atividade normalmente, turistas continuam fazendo a trilha enquanto Juliana está precisando de socorro. Nós não sabemos o estado de saúde dela, que está sem água, comida e agasalhos por três dias!!!”, publicou a família na rede social. “Juliana vai passar mais uma noite sem resgate por negligência!”.

Perfil onde eram divulgadas atualizações sobre o resgate da brasileira (Reprodução/Instagram)

Segundo a Agência Nacional de Busca e Resgate indonésia (Basarna), a demora em iniciar os trabalhos de busca e salvamento no último sábado deveu-se ao fato de que as equipes só foram avisadas depois que um integrante do grupo de Juliana conseguiu descer até um posto, em uma caminhada que levou horas. Além disso, foram necessárias algumas horas até que os resgatistas subissem até o local.

Um helicóptero foi enviado à região, com uma equipe de resgate com grupamento especial da Basarna. As condições meteorológicas e geográficas também prejudicaram bastante o trabalho de salvamento, segundo a agência.

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