Brasileiros desistem de procurar emprego desde o início da pandemia

Lucia Severina, 49, foi diarista e já vendeu água e refrigerante (Robson Ventura/Folhapress)
Com informações da Folha de S. Paulo

PORTO ALEGRE – Quase 1,3 milhão de brasileiros deixaram de procurar emprego no primeiro ano da pandemia de Covid-19, apontam dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse contingente passou a integrar o grupo de trabalhadores desalentados no país –profissionais que estão sem emprego e que desistiram de procurar novas vagas por acreditarem que não terão vez no mercado de trabalho.

As estatísticas fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) e consideram o período do trimestre encerrado em fevereiro de 2020 –antes, portanto, do coronavírus se espalhar pelo Brasil – e o mesmo período de 2021.

Com esse acréscimo, o total de desalentados chegou a 5,952 milhões no trimestre encerrado em fevereiro deste ano, o maior da série histórica do IBGE, com dados desde 2012. Representa mais do que o dobro da população de Salvador (BA), de 2,9 milhões de habitantes.

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Mesmo sem trabalho formal ou informal, o grupo não é considerado desempregado. É que, para as estatísticas oficiais, uma pessoa está desocupada quando segue em busca de recolocação profissional com ou sem carteira assinada. Isso não é feito pelos desalentados.

No trimestre até fevereiro, a população desempregada chegou a 14,4 milhões no país, outro recorde da série histórica.

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