Campanha do PT detecta resultados do ‘pacote de bondades’ em indicadores de Bolsonaro


29 de julho de 2022
Campanha do PT detecta resultados do ‘pacote de bondades’ em indicadores de Bolsonaro
Petistas acreditam que o pacote de bondades ainda vai render dividendos eleitorais nos próximos meses, depois do pagamento das primeiras parcelas do auxílio de R$ 600 (Reprodução/Divulgação)

Integrantes do comando da campanha Lula-Alckmin avaliam que, embora a redução do preço dos combustíveis e o pagamento de R$ 600 do Auxílio Brasil terem algum efeito positivo na campanha do presidente Jair Bolsonaro, a liderança do petista e a alta rejeição do presidente devem continuar inalteradas.

No entanto, dados como o crescimento de Bolsonaro entre as mulheres e os eleitores de baixa renda merecem acompanhamento constante. Petistas acreditam que o pacote de bondades ainda vai render dividendos eleitorais nos próximos meses, depois do pagamento das primeiras parcelas do auxílio de R$ 600.

Articulações

Internamente, a campanha petista se divide sobre a possibilidade de uma decisão no primeiro turno. Auxiliares de Lula, que apostam em um segundo turno, argumentam que, daqui até a eleição, Bolsonaro só terá fatos positivos para explorar.

Por outro lado, há setores que trabalham para tentar vencer já no primeiro turno e partir de uma articulação com o União Brasil. Já a equipe de campanha de Bolsonaro tentará uma reaproximação com o Republicanos, que lança, neste sábado, 30, a candidatura do ex-ministro Tarcísio de Freitas ao governo paulista.

Desafios

Para reverter os resultados nada animadores, nas últimas pesquisas, a campanha de Bolsonaro já definiu dois desafios. O primeiro é convencer o presidente a adotar um tom moderado, concentrando-se em falar de suas políticas sociais.

O fundamental é que ele esqueça os repetitivos ataques às urnas e evite palavras dúbias que possam sugerir que flerta com a ruptura constitucional. O outro desafio é manter a presença da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, nos eventos de campanha. Isso porque Michelle é uma caixinha de surpresas e nunca se sabe quando se poderá contar com ela.

Sem 3ª parcela do auxílio

Apesar de a equipe de coordenação da campanha trabalhar para que a antecipação do pagamento da segunda parcela do Auxílio Brasil, de R$ 600, ocorra também no início do mês de setembro, concretamente não há nada assinado.

O Ministério da Cidadania editou apenas uma primeira Instrução Normativa informando a antecipação do pagamento da primeira parcela. Ou seja, a segunda parcela poderá sair a partir de 18 de setembro, há 15 dias do primeiro turno, e não haveria terceira parcela antes das eleições, como gostaria o pessoal de campanha.

Fracasso na Amazônia

Após o fracasso das Forças Armadas, no combate ao desmatamento na Amazônia, o governo federal lançou, em março, a operação “Guardiões do Bioma”, com apoio da Força Nacional de Segurança. Até agora, a história se repete: nos três meses de atuação dos ministérios da Justiça e do Meio Ambiente, houve recorde de alertas de desmatamento para o período e foi registrado o maior número de queimadas desde 2008, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). E os números já indicam que o desmatamento, em 2022, deverá ultrapassar, pela quarta vez, sob Bolsonaro, os 10 mil km².

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