Campanhas de Amom e David precisam prestar contas de R$ 1,4 milhão à Justiça Eleitoral


Por: Jefferson Ramos

22 de setembro de 2024
Amom Mandel e David Almeida (Composição: Weslley Santos/CENARIUM)
Amom Mandel e David Almeida (Composição: Weslley Santos/CENARIUM)

MANAUS (AM) – As campanhas eleitorais à Prefeitura de Manaus do deputado federal Amom Mandel (Cidadania/AM) e do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), que busca a reeleição, precisam prestar contas à Justiça Eleitoral de R$ 1,4 milhão a menos de duas semana do primeiro turno. Mandel tem que explicar a origem de R$ 762,7 mil e David, de R$ 718,2 mil.

Os dois candidatos divulgaram mais gastos do que receitas em relatórios financeiros encaminhados nesta semana (15 a 21 de setembro) ao Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM). Segundo o TRE-AM, Amom arrecadou R$ 535,8 mil em cinco doações de pessoas físicas e gastou R$ 1,2 milhão. Esse é o maior volume de recursos que precisa ser justificado entre os sete candidatos a prefeito de Manaus.

Almeida arrecadou R$ 5,9 milhões e gastou R$ 6,6 milhões. Desse valor, 99,76% são do fundo eleitoral. As informações são da plataforma Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais (DivulgaCand) até este domingo, 22. Os outros cinco candidatos apresentaram gastos de acordo com os recursos recebidos.

Comparativo de prestação de contas dos candidatos a prefeito de Manaus (Reprodução/Divulgacand/TRE-AM)

Amom financia a campanha com recursos de origem privada após negar receber quase R$ 15 milhões que tinha direito de repasse via diretório nacional da federação PSDB/Cidadania. O maior doador da campanha do deputado federal é o empresário Júlio Cezar Furtado de Queiroz, que destinou R$ 137 mil do total de R$ 535,8 mil declarado à Justiça Eleitoral por Mandel.

Empresário doador

No caso de Amom Mandel, de acordo com dados disponibilizados no Divulgacand, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o valor doado por Júlio Cezar Furtado representa quase um terço dos recursos arrecadados pela campanha do deputado a partir de doadores.

Doações de campanha apresentadas pela campanha de Amom à Justiça Eleitoral (Reprodução/Divulgacand)

Júlio Cezar aparece como sócio no quadro da empresa Queiroz Serviços e Gestão em Saúde Ltda., sob CNPJ 02.216.892/0001-98. A empresa foi criada em 1997 e está localizada, segundo cadastro na Receita Federal, em Manaus (AM).

Júlio Cezar aparece como sócio-administrador na empresa Queiroz Serviços e Gestão em Saúde Ltda (Reprodução/Receita Federal)
Base de dados

A demora na atualização dos dados se dá porque os candidatos seguem prazos para publicar as prestações de contas parciais. O prazo para apresentar prestação de conta parcial venceu no dia 13 de setembro. Neste primeiro resumo, os candidatos têm que apresentar os gastos a partir do dia 16 de agosto, início da propaganda eleitoral.

Neste primeiro momento, a principal função da prestação de contas parcial é para facilitar o trabalho do Ministério Público Eleitoral (MPE) e da Justiça Eleitoral na análise de possíveis discrepâncias. A prestação de contas com toda movimentação financeira do primeiro é encaminhada até o dia 5 novembro. A reportagem procurou a assessoria do deputado federal e aguarda um posicionamento.

Contas parciais

A assessoria de campanha de David Almeida respondeu que prestação de contas é parcial e que o valor de R$ 2,4 milhões levantado pela reportagem trata-se de receitas que podem entrar no decorrer da campanha até a entrega final da prestação de contas.

“Até agora foram registrados R$ 6.395.543, 20 em despesas e R$ 3.974.100, 00 de receita. Para quem disputar somente o primeiro turno, o prazo vai até 05/11. Para quem for ao segundo turno, esse prazo limite vai até 16/11”, justificou.

Leia também: Ex-assessora de Amom Mandel, candidata do Cidadania recebe R$ 705 mil de ‘Fundão’

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