Campeonatos de ‘Free Fire’ buscam profissionalizar jogadores, em Rondônia

Competição conta com apoio da iniciativa privada e objetiva dar visibilidade a jogadores em meio ao cenário ainda tímido, em Rondônia. (Reprodução/ LRFF)

Iury Lima – Da Cenarium 

VILHENA (RO) – A Liga Rondoniense de Free Fire (LRFF) começa uma nova edição, no dia 5 de agosto, com oportunidade para jogadores de todo o Estado mostrarem o talento no E-Sports. O game de tiro é compatível com dispositivos móveis e mistura estratégia em grupo, sendo considerado uma febre não só no Brasil como no mundo por conta das ligas profissionais.

A competição da Série B, ou LRFF Division, como o evento também é conhecido, será uma das mais acirradas disputas já realizadas pela liga neste ano, um dos caminhos considerados cruciais para profissionalizar jogadores e popularizar o esporte eletrônico, setor tímido que enfrenta diversos desafios de visibilidade e investimento, em Rondônia.

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Febre no mundo todo, o jogo atingiu, em 2020, a marca de 100 milhões de jogadores online simultaneamente em todo o planeta. (Iury Lima/Revista Cenarium)

Campeonato

A liga é uma competição onde diversas equipes disputam, cada uma contendo no mínimo quatro jogadores. Para isso, é preciso que a equipe crie uma logomarca e represente algum dos 52 municípios ou distritos de Rondônia.

A inscrição é feita no site da LRFF e, até o momento, 96 equipes já garantiram participação, restando apenas uma vaga. Como incentivo, não há limitações quanto à idade dos competidores, nem mesmo ao nível de jogo. O campeonato oferece R$ 1.200 em prêmios.

Considerada muita competitiva, a LRFF é dividida em duas séries: a Série B (Division), justamente a que ocorre a partir do dia 5 de agosto, uma quarta-feira. Já a segunda se trata  da Série A (Elite), que vai ocorrer em novembro.

Incentivo

O empreendedor e web designer Geilson Miranda, 29 anos, é o criador da liga rondoniense e conta que a ideia foi inspirada na Liga Brasileira de Free Fire (LBFF), que reserva um grande evento para este fim de semana. No sábado, 31, vai ocorrer a formação do disputado Grupo de Acesso. Esse confronto acontece depois da decisão das séries A e B, que aconteceram na semana passada. 

Esses são conceitos utilizados também na liga de Rondônia, que apesar de ainda amadora, planeja elevar o nível dos jogadores do Estado a ponto de serem notados com potencial profissional. “O nosso Estado precisa de algo grande para mostrar os talentos que temos em Rondônia e a LRFF é o caminho para que sejam vistos e convidados a representar alguma equipe de fora”, contou Miranda.

Geilson Miranda observa os mais jovens trilhando a profissionalização do Free Fire. (Reprodução/Acervo pessoal)

O criador e organizador ficou surpreso com o grande salto do número de inscrições entre uma competição e outra. Um reflexo da expressividade do jogo, mesmo em regiões com pouco incentivo para a profissionalização e reconhecimento do ramo.

“A primeira ‘Season’ (temporada) ocorreu em fevereiro com apenas 12 equipes. As inscrições se encerraram em menos de 72 horas e depois muita gente me procurou ainda querendo se inscrever. Foi quando fizemos a segunda, com 48 equipes, que teve as inscrições encerradas em menos de uma hora”, contou.

Já em agosto, a disputa será formada por no mínimo 96 times, com mais de 400 jogadores. “Outras equipes de fora do Estado me procuraram para participar, mas no momento só aceitamos equipes de Rondônia, pelo preceito de fazer crescer quem é daqui. Hoje, alcançar a LRFF é o maior objetivo de jogadores do Estado, além de, claro, um dia participar da LBFF”, destacou. 

A LRFF é dividida entre dois eventos principais: as séries A e B. (Reprodução/LRFF)

Realidade

Em Rondônia, a maioria dos investimentos para fortalecer o mercado de jogos eletrônicos e o reconhecimento desta modalidade como esporte vem de iniciativas como a de Geilson Miranda. A LRFF, por exemplo, é custeada por meio da Agência Guia10, empresa mantida em sociedade de parceiros do jovem empreendedor, que também abraçam a bandeira da profissionalização por meio do ‘Free Fire’.

“O cenário do E-Sports no nosso Estado ainda é fraco, tem muitos outros tipos de jogos que precisam de um apoio assim como a LRFF deu para quem joga ‘Free Fire’. Hoje, usamos toda a estrutura da agência para promover e realizar a liga, temos alguns patrocinadores e isso nos dá forças para continuar, mas no momento a agência abraça tudo e um pouco mais”, ressaltou o web designer.

Recordes

O jogo da modalidade battle royale, que permite partidas online com competidores de diversos lugares, é uma febre inquestionável. Em 2020, o ‘Free Fire’ bateu a marca de 100 milhões de jogadores online simultaneamente por todo o planeta.

Além disso, dados da Garena, desenvolvedora do jogo, mostram que apenas nos primeiros três meses de 2021 a companhia obteve aumento de 117.4% nos rendimentos atrelados a seus games, e boa parte disso foi abocanhada pelo ‘Free Fire’: 1,1 milhão de dólares. O jogo foi considerado ainda como o maior sucesso da categoria mobile na América Latina e Índia. Daí, também, a aposta no potencial dessa disputa eletrônica para revelar novos astros do esporte virtual.

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