Candidatos à reitoria da Ufam realizam manifestação por eleições seguras


Por: Jadson Lima

29 de janeiro de 2025
Candidatos à reitoria não apoiam sistema de votação eletrônica online (Composição de Paulo Dutra/Cenarium)
Candidatos à reitoria não apoiam sistema de votação eletrônica online (Composição de Paulo Dutra/Cenarium)

MANAUS (AM) – As chapas cadastradas para concorrer à reitoria e vice-reitoria da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) para o quadriênio 2025-2029, vão realizar uma manifestação nessa quinta-feira, 30, em defesa de eleições seguras na instituição de ensino. O ato está previsto para ocorrer às 8h30, no auditório Dr. Zerbini, localizado na Faculdade de Medicina da Ufam, que fica na área central de Manaus.

O objetivo do ato é reforçar a necessidade de garantir um processo eleitoral transparente e confiável, com votação presencial e uso de urnas eletrônicas. Os candidatos argumentam que o sistema de votação eletrônica online, proposto pela comissão eleitoral responsável pelo pleito, não oferece segurança suficiente para impedir que um eleitor vote por outro, comprometendo a integridade do processo.

À CENARIUM, o diretor da Faculdade de Informação e Comunicação (Fic) da Ufam, Allan Rodrigues, afirmou que um requerimento chegou a ser produzido por diversas chapas que concorrem às funções na instituição. O documento, entregue à comissão responsável pela condução do pleito, apontava algumas mudanças necessárias para, de acordo com ele, garantir a lisura das eleições.

“Tanto nós como as outras chapas fizemos requerimentos da Comissão Eleitoral essa semana pedindo que se usasse o voto presencial e urna eletrônica, mas a Comissão Eleitoral não acatou o nosso pedido. Nós também fizemos arguições sobre o sistema que vai ser usado, mas já tivemos resposta de que ele não tem qualquer tipo de verificação e de segurança para garantir que quem está votando é realmente o eleitor cadastrado”, afirmou.

Com o atual modelo adotado pela comissão eleitoral, Allan Rodrigues destaca que o eleitor poderia passar para outra pessoa as suas credenciais de voto. Ele explicou que o sistema on-line não impede que uma pessoa use os dados de outras pessoas para votar, porque não há checagem de reconhecimento facial ou de uso de digitais.

“Um eleitor pode passar para o outro as suas credenciais de voto e outra pessoa votar por ele. É como se um eleitor pudesse dar o seu título de eleitor para outra pessoa, e essa pessoa usar esse título para votar pela pessoa. O sistema não impede isso. Nesse voto on-line é possível que alguém vote por outra pessoa, porque o sistema não faz checagem de reconhecimento facial ou uso de digitais”, disse Rodrigues.

A manifestação, marcada para a manhã desta quinta-feira, 30, reunirá membros da comunidade acadêmica, candidatos e apoiadores, que defenderão a adoção de um modelo de votação que assegure a lisura e legitimidade do resultado.

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Editado por John Britto

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