Mulher é morta a marretadas pelo companheiro na frente das filhas na Bahia
Por: Cenarium*
21 de agosto de 2025
MANAUS (AM) – Laina Santana Costa Guedes, de 37 anos, foi morta a marretadas pelo companheiro, Ramon Guedes, na noite de terça-feira, 19, em um apartamento na cidade de Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador, no Estado da Bahia. O crime de feminicídio aconteceu na presença das duas filhas da vítima, de 5 e 12 anos.
Laina chegou a ser socorrida e levada para um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos. O agressor foi preso após tentar fugir pela janela do imóvel. Vizinhos o alcançaram e o entregaram à polícia.
Moradores registraram imagens em que Ramon aparece desferindo diversos golpes de marreta com violência, enquanto a vítima se arrasta pelo chão. No vídeo, é possível ouvir gritos de pessoas pedindo para que ele parasse. Após as agressões, o homem desceu pela sacada do apartamento e invadiu a residência localizada no andar inferior. As cenas, de forte impacto, rapidamente se espalharam pelas redes sociais.
Segundo relatos de testemunhas, o casal brigava havia pelo menos uma semana. Durante a última discussão, antes do crime, o vizinho Gabriel Mota chegou a intervir para impedir as agressões.
“Eu estava em casa, comecei a ouvir os gritos e minha primeira reação foi: ‘Vou ver o que é e, se eu puder ajudar, vou’. Os vizinhos falavam: ‘Lá em cima, ele está batendo na mulher e tem criança’. Quando ouvi que tinha criança, não pensei em mais nada”, contou Mota à TV Bahia.
De acordo com a Polícia, o suspeito foi atendido no Hospital Menandro de Farias e, em seguida, conduzido à Delegacia Territorial de Itinga (DT/Itinga). O corpo de Laina foi sepultado na quarta-feira, 20, no Cemitério Bosque da Paz, em Salvador.
Feminicídio em números
Em 2024, o Brasil registrou o maior número de feminicídios desde que o crime foi tipificado, em 2015: 1.459 vítimas, o equivalente a quatro mulheres mortas por dia, de acordo com o Mapa da Segurança Pública divulgado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Apesar de representar uma alta discreta de 0,69% em relação a 2023, quando foram contabilizados 1.449 casos, o número demonstra uma tendência preocupante de manutenção em patamares elevados. A taxa de feminicídios no País se manteve estável, em 1,34 para cada 100 mil mulheres.