Capitais na Amazônia têm taxa de ocupação de leitos de UTI acima de 90%
27 de março de 2021
Neste mês de março, mais localidades estão entrando em colapso simultaneamente (Reprodução/Internet)
Marcela Leiros – Da Revista Cenarium
MANAUS – Cinco das nove capitais na Amazônia registraram taxa de ocupação de leitos de Unidade Terapia Intensa (UTI) acima de 90%. Os dados constam no Boletim Observatório Covid-19 da Fiocruz, divulgado nesta semana e são relativos aos adultos em UTIs do Sistema Único de Saúde (SUS) na semana epidemiológica 10 e 11, equivalente de 7 a 20 de março de 2021.
As capitais com taxa de ocupação superior a 90% são: Porto Velho (100%), Rio Branco (94%), Macapá (99%), São Luís (95%), Cuiabá (99%), São Luís (95%). Já as capitais com taxa superior a 80% e menor que 90% são: Belém e Palmas, ambas com 88%. Manaus e Boa Vista têm as menores taxas, com 79% e 64%, respectivamente.
Segundo a Fiocruz, as taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 variaram ao longo de toda a pandemia e, em alguns Estados e capitais, as crises no sistema de Saúde duravam algumas semanas. No entanto, neste mês de março, mais localidades estão entrando em colapso simultaneamente.
“O que muda a partir de março deste ano é termos a maior parte dos Estados e capitais, simultaneamente, na zona de alerta crítica, indicando uma grave crise nacional e colapso de nosso sistema de Saúde, exigindo medidas coordenadas nos diferentes níveis de governo e articuladas entre Estados e municípios, principalmente considerando regiões metropolitanas e regiões de Saúde de modo integrado”, destaca o boletim.
Veja o mapa:
O mapa da região indica os Estados com maior e menor taxa de ocupação de UTI. Dados atualizados até 2/03/2020. 7(Arte: Guilherme Oliveira/Revista Cenarium)
Colapso
Os números elevados, de acordo com os pesquisadores do Observatório, retratam o colapso do sistema de Saúde para o atendimento de pacientes que requerem cuidados complexos para a Covid-19, além de prejuízos imensuráveis no atendimento de pacientes que demandam cuidados em razão de outros problemas de Saúde.
O boletim Observatório Covid-19 da Fiocruz pontua ainda os principais fatores que resultam no colapso do sistema de Saúde:
1 – Incapacidade de atender todos os pacientes que requerem cuidados complexos para a Covid-19, com aumento das filas por leitos UTI, impedindo atendimento no tempo necessário e resultando em óbitos;
2 – Limites ou mesmo impossibilidade do remanejamento logístico de pacientes para outros municípios, regiões de Saúde ou Estados;
3 – Esgotamento das capacidades de resposta do sistema de Saúde por razões diversas como limites na abertura de leitos, que exigem profissionais de Saúde qualificados, e desabastecimento de medicamentos e oxigênio.
No Amazonas
O Estado do Amazonas zerou o número de chamados de transferência de pacientes com Covid-19 para leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na rede pública de Manaus. Pelo segundo dia consecutivo, o Boletim Epidemiológico da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM) fechou sem registrar pedidos de transferências em aberto na capital.
O secretário-executivo de Assistência da Capital, Jani Kenta Iwata, afirma que a redução no número de chamados de transferência para UTI de Covid-19, na capital, possibilitou a oferta de leitos para outros Estados, por meio da “Operação Gratidão”.
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