Com informações Portal IG
SÃO PAULO – O coletivo Poupatrans está lançando uma cartilha que indica o que é necessário para pessoas trans, travestis e não binárias retificarem o nome e o gênero nos documentos pessoais nos cartórios do Estado de São Paulo.
Além da publicação, o grupo também lança um passo a passo com vídeos, ensinando como conseguir cada certidão e documento solicitados para a retificação. O objetivo é facilitar o processo, que, segundo o coletivo, ainda é muito burocrático. Tanto a cartilha quanto o passo a passo podem ser acessados gratuitamente.
“O meu nome estar de acordo com o que eu sou não tem preço. É sobre dignidade que estamos falando”, afirma Patrícia Borges, 30, uma das fundadoras do Poupatrans e assessora da vereadora mais votada do Brasil em 2020, Erika Hilton (Psol).
“Ninguém pede para você abaixar as calças, mas o documento podem pedir, se você é abordada na rua. O nome é a base de tudo para uma pessoa trans, travesti e não binária. Quando ele está retificado, é uma forma de não sofrer preconceito. Se estou feminina e olham o meu documento com um nome masculino, viro motivo de chacota, sofro transfobia”, diz.
De acordo com o coletivo, desde 2018, já é possível alterar o nome e o gênero nas documentações de uma pessoa trans sem precisar passar por processos judiciais. Hoje, o que dificulta o processo são a burocracia – já que muitas pessoas trans não sabem de toda a papelada que precisam juntar e apresentar – e os custos envolvidos.