Casal de lésbicas faz história com dupla maternidade em registro de nascimento


05 de abril de 2021
Casal de lésbicas faz história com dupla maternidade em registro de nascimento
Geraldine deu à luz às gêmeas Réidín e Aoibhín há sete semanas na cidade de Cork, no sudoeste do País (Reprodução/YouTube/RTE Irlanda)

Com informações do Portal IG

IRLANDA – As irlandesas Geraldine Rea e Niamh O’Sullivan fizeram história na Irlanda como o primeiro casal do mesmo sexo a ser reconhecido pela dupla maternidade no registro dos filhos, desde o nascimento.

“Finalmente, um pouco de igualdade. Por que deveríamos ir ao tribunal declarar que eu também mãe se Geraldine é a mãe biológica? É muito mais fácil que eu não tenha que ir à Justiça provar que sou a outra mãe, eu simplesmente sou!”, disse Niamh em entrevista à imprensa local.

Geraldine deu à luz às gêmeas Réidín e Aoibhín há sete semanas na cidade de Cork, no sudoeste do País. Para ela, o novo processo de reconhecimento legal dos filhos para casais LGBTQIA+ é um reconhecimento dos direitos e facilita a vida desses casais. “Torna um pouco mais fácil para nós e para todos os que estão por vir”, comenta.

Reconhecimento

O reconhecimento legal significa que qualquer uma das duas mães pode levar as crianças para se vacinar, dar consentimentos médicos ou permissões na escola. O ex-ministro da Saúde Simon Harris disse que o ato marcou “um passo importante para a igualdade em nosso País”, mas reconheceu que “há mais a fazer nesta área”.

O caso só foi possível por causa da Lei de Relações Infantis e Familiares, que entrou em vigor na Irlanda em 5 de maio de 2020 e permite que casais do mesmo sexo que conceberam filhos em uma clínica de fertilidade sejam nomeados pais legais na certidão de nascimento das crianças. A lei teve início em 2015, mas só entrou em vigor no ano passado. Também em 2015, a Irlanda fazia história ao votar a favor do  casamento entre pessoas do mesmo sexo em um referendo.

Anteriormente, os pais de mesmo sexo precisavam ir à Justiça para conseguir o reconhecimento legal da paternidade ou da maternidade dos dois.

As autoridades irlandesas reconheceram que, embora a Lei das Relações Familiares e Infantis seja um passo a frente na garantia dos direitos dos pais LGBTQIA+, ainda há muitos pais que não serão abrangidos por esta legislação. Isso porque o projeto não dá nenhum outro direito ou reconhecimento para pais do mesmo sexo que adotam crianças, usam uma barriga de aluguel para engravidar ou não passam por uma clínica.

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