‘Caso Djidja’: Justiça do AM anula sentença de mãe e irmão condenados por tráfico de drogas


Por: Marcela Leiros

22 de setembro de 2025
‘Caso Djidja’: Justiça do AM anula sentença de mãe e irmão condenados por tráfico de drogas
Djidja Cardoso, Cleusimar Cardoso e Ademar Cardoso (Reprodução/Instagram)

MANAUS (AM) – A Justiça do Amazonas anulou, nesta segunda-feira, 22, sentença de Cleusimar de Jesus Cardoso e Ademar Farias Cardoso Neto, mãe e irmão da empresária Djidja Cardoso condenados por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Com a decisão unânime, o tribunal determinou o retorno dos autos para que todo o processo seja refeito.

A nulidade foi reconhecida devido à inclusão tardia dos laudos sobre as substâncias apreendidas, que foram anexados ao processo sem a devida abertura de prazo para manifestação da defesa. Além disso, os laudos apontaram uma quantidade ínfima de cetamina, substância que, segundo os advogados, reforça a tese de que os réus seriam usuários e não traficantes, como inicialmente sustentado pela acusação.

A turma da Câmara Criminal acompanhou o voto da relatora, desembargadora Luiza Marques, que entendeu pela nulidade da sentença proferida pela 3ª Vara de Delitos de Tráfico de Drogas da Comarca de Manaus, no Amazonas.

Eu proclamo o resultado à unanimidade de votos às apelações criminais são parcialmente conhecidas, e nessa extensão parcialmente providas, para declarar a nulidade da sentença proferida, bem como os autos processuais subsequentes à juntada dos laudos toxicológicos em consonância com o novo parecer do Ministério Público“, declarou o desembargador Henrique Veiga em sessão.

Com a decisão, as penas de 10 anos, 11 meses e oito dias de reclusão aplicadas a Cleusimar e Ademar foram anuladas, e o processo retorna às etapas iniciais. O colegiado aceitou o argumento dos advogados de defesa e também do Ministério Público do Estado (MP-AM).

Embora a decisão tenha sido favorável no reconhecimento da nulidade, pedido de liberdade solicitado pela defesa de Cleusimar e Ademar não foi concedido. Como resposta, a defesa anunciou que ingressará com um Habeas Corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ), com o objetivo de reverter a manutenção da prisão preventiva dos réus.

Caso Djidja

Djidja Cardoso, foi encontrada morta na residência onde morava no dia 28 de maio de 2024. A morte da ex-item do Boi Garantido levou à investigação que resultou na prisão da mãe e irmão da vítima, além de funcionários da família, suspeitos de participar de um grupo que fornecia e incentivava o uso recreativo da Cetamina.

No endereço, a polícia apreendeu vários frascos do medicamento Cetamina, anestésico usado em animais, além de seringas e luvas. A polícia indica que a alta dosagem do medicamento foi o que causou a morte por overdose de Djidja Cardoso. A investigação do “Caso Djidja“ foi concluída no mês de junho.

Em dezembro de 2024, juiz titular da 3.ª Vara de Delitos de Tráfico de Drogas da Comarca de Manaus, Celso Souza de Paula, julgou parcialmente procedente a denúncia do Ministério Público do Estado (MPE/AM) e condenou a 10 anos, 11 meses e 8 dias de prisão sete pessoas acusadas por tráfico da substância Cetamina, incluindo Cleusimar e Ademar.

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