Caso Henry: confira o depoimento de Monique Medeiros em 15 frases

Monique Medeiros, mãe de Henry (Brunno Dantas/TJRJ/Divulgação)
Com informações do UOL

Em mais de 10 horas de depoimento à Justiça do Rio de Janeiro, a pedagoga Monique Medeiros detalhou ontem os momentos que antecederam e sucederam a morte de seu filho Henry Borel, 4. Ela foi interrogada após o ex-vereador Dr. Jairinho, que pediu para ficar em silêncio, mas acabou falando por menos de 10 minutos. Os dois são acusados pela morte do menino.

Monique apresentou um histórico do relacionamento abusivo com Jairinho e deu detalhes até da sua rotina atual na prisão. Após a fase das alegações finais, a juíza Elizabeth Louro, da 2ª Vara Criminal do Rio, definirá se Monique e Jairinho irão a júri popular. A juíza marcou contudo para 16 de março a nova data de interrogatório do ex-vereador.

Veja a seguir frases ditas por Monique que marcaram seu depoimento:

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“Acordei sendo enforcada por ele, com meu filho ao lado”

— Sobre a 1ª agressão de Jairinho, em novembro de 2020.

“Vou mandar amigos lá quebrar o estabelecimento dele.”

— Suposta declaração de Jairinho em crise de ciúme porque teria achado que Monique se insinuou para um entregador de restaurante.

“Ele batia e depois vinha o afago.”

— Sobre suposto comportamento de Jairinho de presenteá-la após supostas agressões.

Todas as vezes que nós namorávamos era como se fosse um ritual. Era ele em cima de mim, não existia outra posição que a gente pudesse fazer. Ele sempre me enforcando, sempre me mandando dizer que ele era o único homem da minha vida.”

— Sobre a forma que o casal Jairinho e Monique se reconciliava após brigas.

“Sabendo que o Henry gostava muito de coxinhas, comprou 500 para ele.”

— Sobre agrados exagerados de Jairinho a Henry para agradá-la.

“Se eu não tomasse o remédio [para dormir], ele brigava comigo. Tinha que dormir com ele [na mesma hora] porque ele achava que eu podia conversar com outros homens.”

— Sobre Jairinho supostamente obrigar Monique a tomar calmantes.

“Mamãe, eu vou cuidar de você para sempre.”

— Uma das últimas frases que teriam sido ditas por Henry para a mãe, durante um banho.

“Parecia um pesadelo, ninguém estava entendendo nada.”

— Sobre os momentos após a confirmação da morte de Henry.

Esse dia foi o dia mais triste de toda a minha vida. Cheguei e vi meu filho dentro de um caixão branco, com uma roupa nova que ele nunca tinha usado.”

— Sobre o dia do enterro de Henry.

“Ele criou uma história, que foi o meu depoimento na delegacia.”

— Sobre suposta pressão do 1º advogado de Jairinho para que ela contasse uma versão favorável ao ex-vereador.

“Três pessoas sabem o que aconteceu: meu filho, Deus e Jairinho.”

— Ao ser questionada pela juíza sobre o que achava que teria acontecido na noite da morte de Henry.

“A última vez que fui ameaçada foi na segunda-feira (7). Toda a cadeia, 700 presas ficaram no pátio e recebi ameaças de morte de mais de 20 delas, uma inclusive de dentro da minha cela. Falavam que eu era assassina de criança.”

— Sobre ameaças sofridas por ela na prisão.

“Temos provas de que eu estava dormindo e Jairinho estava acordado.”

— Sobre a noite em que Henry morreu.

Eu estava dentro de uma relação que eu não enxergava o abuso, o senhor tem sorte de ser homem, a mulher é muito subjugada.”

— Sobre o suposto histórico de violência ao responder pergunta do promotor Fábio Vieira.

“A maior pena que eu possa ter não é estar presa, é não ter o meu filho mais. Não existe justiça a meu ver porque meu filho não volta mais”

— Sobre a perda do filho.
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