Casos de dengue aumentam 200% em Belém do Pará

O mosquito Aedes aegypti é o principal transmissor de dengue, zika e chikungunya em regiões urbanas do Brasil (Reprodução/ Internet)

Danilo Alves – Da Cenarium

BELÉM (PA) – De janeiro a julho deste ano, o número de pacientes que contrariam dengue em Belém do Pará aumentou cerca de 200%, em relação ao mesmo período de 2020. Os dados são da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), que nos primeiros sete meses de 2021 registrou 431 casos, já em 2020, 144 casos.

Em todo Pará, o número de pessoas que tiveram o vírus este ano já supera o do ano passado, conforme o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).

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O informe da Sespa indicou 1.897 casos de dengue no Estado, em 2021. Em todo ano de 2020, ocorreram 1.656. Um aumento de 14%. O crescimento do vírus ascendeu alerta para a importância da prevenção, com a eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti.

Dengue no Estado do Pará aumentou 14%, no ano de 2021 (Divulgação/Agência Pará).

A coordenadora de arboviroses da Sespa, Aline Cordeiro, explicou que o Brasil está em alerta no aumento de casos desde novembro do ano passado. Com o auge da pandemia, visitas de agentes epidemiológicos foram suspensas, além da falta de reforço da divulgação em campanhas de conscientização dos paraenses.

“O Estado chegou a realizar campanhas em quatro períodos do ano passado, mas elas precisam ser reforçadas pelo município. Com isso, as pessoas acabam ‘se esquecendo’ da importância dos cuidados contra as doenças causadas pelo mosquito e isso está acontecendo não apenas no Pará, mas em todo o País, principalmente na região em que vivemos”, contou Aline.

Cuidados

Entre os vizinhos, a dona de casa Nazaré Neponuceno, 48, é a que dá mais orgulho para os agentes epidemiológicos. Moradora do bairro da Pedreira, em Belém, gosta de ter plantas em casa e, na pandemia, aumentou o jardim, trazendo mais verde para dentro de casa. 

“Eu procuro as plantas que não precisam tanto molhar, tem que deixar a terra só úmida que é o suficiente. Com esse risco de dengue, não podemos brincar. As plantas do quintal ficam nos vasos com furos embaixo e o excesso de água escorre e não fica parado. E a gente também não deixa acumular água em nenhum desses cantinhos, nenhuma vasilha, trocar todo dia a água dos gatos, e não dar chance pro mosquito”, advertiu Nazaré.

O bairro da Pedreira está em terceiro lugar no ranking de bairros com maior número de casos notificados. Ao todo, nos primeiros sete meses de 2021, foram 53 registros. O bairro do Barreiro ficou em primeiro lugar com 76 casos, seguido do bairro da Maracangalha, com 60 casos.

A Sesma informou, em nota, que continua com o trabalho dos Assistentes Comunitários Epidemiológicos (ACEs) visitando diariamente as casas e repassando orientações educativas a população. Além disso, realizam Bloqueios de Transmissão Viral em todos os casos que são notificados a está Secretaria, através do Disk Endemias (91) 3184-6128.

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