Cesta básica em Manaus aumenta e se mantém 3ª mais cara do País


Por: Ana Pastana

14 de novembro de 2024
Cesta básica em Manaus aumenta e se mantém 3ª mais cara do País
Um carro de supermercado, o território do Amazonas e setas indicando subida (Composição de Paulo Dutra/CENARIUM)

MANAUS (AM) – O valor da cesta básica em Manaus subiu 0,6% no mês de outubro, de acordo com pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgada nessa quarta-feira, 13. O aumento foi registrado em relação ao mês anterior e deixou a capital amazonense na terceira posição entre as capitais com a cesta básica mais cara do País. De acordo com o levantamento, em setembro, a cesta básica custava R$ 809,60 e passou a custar R$ 814,28 no mês seguinte.

Donos de restaurantes e moradores da capital amazonense sentem a diferença no bolso. À CENARIUM, a empresária Lilian Guedes, proprietária de um restaurante no bairro Aparecida, na Zona Sul de Manaus, atribui o aumento da cesta básica à seca que afetou o Estado em 2024.

A empresária Lilian Guedes, proprietária de um restaurante na Zona Sul de Manaus (Luiz André Nascimento/CENARIUM)

“O impacto da seca foi muito grande. Esse ano foi pior que o ano passado. Para vocês terem uma ideia, um filé que custava R$ 50 passou a custar R$ 80. Nesse momento, o que a gente faz, é repassar uma parte [aos clientes] e absorver uma parte do prejuízo. Significa que vai impactar diretamente na margem de lucro do negócio”, disse.

Já a dona de casa Joelsa Moraes lembra que o aumento dos preços impactam diretamente nas compras do final do mês. “Para mim, é ruim demais porque isso pesa no final do mês. Os R$ 100 que a gente comprava, diminuiu. O que a gente comprava mês passado, esse mês não compra mais”, lamenta.

A dona de casa Joelsa Moraes (Luiz André Nascimento/CENARIUM)
Dados da FGV

Os dados da FGV apontam que Salvador (BA) e São Paulo (SP) foram as capitais que mais apresentaram aumento nos valores das cestas alimentícias, com 5,8% e 4,7%, respectivamente. Já Curitiba (PR) e Rio de Janeiro (RJ), foram as cidades que mais apresentaram queda nos valores, com -3,8% e -3,6%. Mesmo com a diminuição no preço, a capital carioca continua liderando a lista de cidades com a cesta básica mais cara do Brasil. Os dados da FGV mostram que, no mês de setembro, o valor era de R$ 1.046,44. Em outubro, o valor passou a custar R$ 1.009,11.

Aumento dos preços

De acordo com a pesquisa, dos 18 gêneros alimentícios da cesta básica, o óleo se destacou maior elevação em sete das oito capitais incluídas na pesquisa. A alta está relacionada a fatores como o aumento do preço do petróleo, “que aumentou a demanda por biocombustíveis, que tem o óleo de soja como componente”. Além disso, a safra nacional de soja “tem sofrido com os efeitos climáticos”.

A maior elevação no preço do produto foi registrada em Fortaleza-CE (6,4%), seguido de Salvador-BA (3,5%), Belo Horizonte-MG (3,3%), Brasília-DF (2,7%), Rio de Janeiro-RJ (2,4%), Manaus (1,1%) e São Paulo-SP (0,3%). Apenas Curitiba registrou queda de -0,8%.

Em Manaus, além do óleo de cozinha, apresentaram aumento nos preços os seguintes itens: frango (1,1%), café em grãos e em pó (1,1%) e legumes (0,2%). A manteiga teve queda de -1,2%.

Cesta básica ampliada

Considerando a cesta básica ampliada – quando são incluídos produtos de higiene e limpeza -, Rio de Janeiro e São Paulo seguem sendo as capitais com a cesta de consumo mais cara do País (R$ 2.310,83 e R$ 2.241,05, respectivamente). Já Curitiba e Manaus apresentaram os menores valores com a cesta ampliada com R$ 1.718,43 e R$ 1.718,43, respectivamente.

Entre os 33 produtos da cesta ampliada, a água mineral e o azeite se destacaram com aumento
de preço médio. A elevação ocorreu em quatro das oito capitais analisadas pelo levantamento.

Leia mais: Governo federal propõe cesta básica com imposto zerado para 15 alimentos
Editado por Jadson Lima e Adrisa De Góes
Revisado por Gustavo Gilona

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