Charge que mostra Bolsonaro aplaudido pela ‘morte’ e vírus volta a repercutir nas redes sociais

O material publicado pelo jornal alemão mostra discurso negacionista de Bolsonaro. (Reprodução/Internet)

Carolina Givoni – Da Revista Cenarium

MANAUS – Uma charge que ilustra o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (Sem partido), sendo aplaudido pela representação da morte e do Coronavírus voltou a circular nas redes sociais nesta quarta-feira, 17. O material publicado originalmente pelo jornal alemão “Stuttgarter Zeitung” em março de 2020, descreve que a campanha contra a doença “é tudo histeria e conspiração!!!” — tradução da fala no balão, uma das falas negacionistas do chefe do Executivo Federal que marcaram o início da pandemia no ano passado.

Após um ano, o Brasil já perdeu 282.127 mil pessoas pela Covid-19, com 2.841 de mortes registradas nas últimas 24 horas, conforme apontamento do Consórcios de Veículos de Imprensa do Brasil. Com o índice, o País completou 15 dias seguidos com mais de mil óbitos pela doença entre um dia e outro. De acordo levantamento do UOL, a média móvel de mortes se mantém acima de mil óbitos há 55 dias. É o período mais longo desde março de 2020.

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A charge mostra Bolsonaro em discurso negacionista. (Reprodução/Stuttgarter Zeitung)

Troca no discurso

Com a recuperação dos direitos políticos do ex-presidente Lula, principal rival ideológico e político para as eleições de 2022, Jair Bolsonaro adotou uma mudança no discurso sobre a pandemia. O atual presidente do Brasil passou a defender a vacinação em massa e ponderou positivamente as ações federais em favor de Estados e municípios.

Em recente cerimônia para acelerar a vacinação, Bolsonaro disse que tem agido com responsabilidade sob o aval do governo federal ao órgão regulador das vacinas, a Anvisa. “Temos adquirido mais de 270 milhões de doses de vacina, a maioria para o primeiro semestre. Fomos e somos incansáveis no combate à pandemia de coronavírus”, disse.

Anteriormente, o presidente minimizava os efeitos da Covid-19, afirmou que a pandemia era uma “fantasia”, ignorou recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e participou de manifestações. Bolsonaro também chamou a doença que vitimou milhares de brasileiros de “gripezinha”, além de dizer que não seria afetado pelo coronavírus, “graças a seu histórico de atleta”.

Números

No levantamento, do Consórcio de Veículos de Imprensa do Brasil, foram consideradas as flutuações entre os percentuais de óbitos por dia, semana, mês e recordes, conforme o detalhamento abaixo:

Na primeira onda:

  • Maior número de mortes em 24 horas: 1.554 (19/7)
  • Maior média móvel de óbitos: 1.097 (25/7)
  • Maior período com média acima de mil: 31 dias
  • Maior número de óbitos em uma semana: 7.679 (de 19/7 a 25/7)

Na segunda onda:

  • Maior número de mortes em 24 horas: 2.798 (16/3)
  • Maior média móvel de óbitos: 1.976 (16/3)
  • Maior período com média acima de mil: 55 dias
  • Maior número de óbitos em uma semana: 12.770 (de 7/3 a 13/3)
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