Cheia 2022: mais de 40 municípios decretaram situação de emergência no AM; 410 mil pessoas já foram afetadas

Segundo dados disponíveis no site do Porto de Manaus, o nível do Rio Negro atingiu a marca de 29,39 metros (Ricardo Oliveira/CENARIUM)
Priscilla Peixoto e Eduardo Figueiredo – Da Revista Cenarium

MANAUS – O levantamento realizado pela Defesa Civil do Amazonas, por meio do Centro de Monitoramento e Alerta (Cemoa), e pela gerência regional, aponta que 41 municípios do Estado estão em situação de emergência por conta da cheia dos rios, nesta quinta-feira, 26.

Segundo dados disponíveis no site do Porto de Manaus, o nível do Rio Negro atingiu a marca de 29,39 metros, 0,53 centímetros menor que a marca registrada no mesmo período de 2021, quando o rio alcançou 29,92 metros.

41 municípios estão em situação de emergência (Divulgação)

Ainda segundo relatório divulgado pela Defesa Civil, outros 17 municípios estão em situação de alerta e um em estado de atenção. Nos 41 municípios em situação de emergência, 410.944 pessoas e 102.736 famílias já foram afetadas pela enchente deste ano.

PUBLICIDADE
Dados divulgados pela Defesa Civil (Divulgação)

Situação das Calhas

Bacia do Juruá – Sete municípios da calha estão em estado de emergência. A região encontra-se em início do processo de vazante, apresentando redução no nível do rio nos últimos dias. A estação referência, localizada em Itamarati, registrou o nível de 19,10m. No dia 25 de maio de 2015, ano da maior enchente no município, o rio estava na marca de 20,59m (1,49m acima da cota atual).

A maior cheia registrada no Rio Juruá, tendo como referência o município de Itamarati, deu-se no dia 7 de abril de 2015 quando atingiu a cota de 21,91m.

Bacia do Purus – Na calha do Rio Purus, três municípios estão em alerta e três encontram-se em situação de emergência. Em Rio Branco, no Acre, o rio está em processo de vazante e nesta quinta-feira, 26, não houve registro de medição na estação de referência, no município de Lábrea, distante 701,82 quilômetros de Manaus. No mesmo período de 1997, ano da maior subida das águas no município, a cota do rio estava em 18,65m.

Na cidade de Beruri, a cota do rio segue em processo de cheia, mas também não houve lançamento do nível devido problemas com a régua que faz a medição. Em 25 de maio de 2015, ano do maior nível das águas no município, o rio atingiu a marca de 21,97m.

Leia também: Enchente 2022: Defesa Civil Estadual monitora chuvas e nível dos rios no Amazonas

Alto Solimões – Em processo de enchente, o Alto Solimões tem cinco municípios em estado de emergência e um em alerta. A estação que monitora a região no município de Tabatinga registrou 12,41m. Na mesma data, em 1999, quando a calha registrou a maior cheia, o rio estava em 13,77.

Médio Solimões – Na região, três municípios estão no quadro de alerta e outros três em emergência. A estação, que monitora a região localizada em Fonte Boa, registrou o nível de 21,97m. Em 25 de maio de 2015, ano da maior enchente no município, registrou o nível de 22,60m.

Baixo Solimões – Em processo de enchente, o Baixo Solimões apresenta dois municípios em situação de alerta e sete em situação de emergência. A estação, que monitora a região no município de Manacapuru, registrou nesta quinta-feira, 26, a cota de 19,84m. Em 2021, ano da maior enchente, registrou o nível de 20,69m.

Médio Amazonas – No Médio Amazonas, a Defesa Civil monitora seis municípios em estado de emergência e um em alerta. A estação de referência, na região localizada no município de Itacoatiara, registrou o nível de 14,76m. No ano da maior enchente no município, 2021, registrou o nível de 15,19m.

Leia também: Cheia dos rios no Amazonas deixa 26 cidades em estado de emergência

Veja o relatório na íntegra:

PUBLICIDADE

O que você achou deste conteúdo?

Compartilhe:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.