Cientista cita falta de consciência sobre festa com 600 pessoas em meio à pandemia

Coordenador do evento não foi localizado pelas equipes de fiscalização (Divulgação/ SSP-AM)

Luís Henrique Oliveira – Da Revista Cenarium

MANAUS – O cientista e doutorando do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Lucas Ferrante, citou que um dos motivos pela alta taxa de novos casos de Covid-19 em todo País se dá devido à falta de consciência de parte da população que nega uma segunda onda da pandemia. Para se ter uma ideia, na madrugada deste sábado, 28, uma festa reuniu cerca de 600 pessoas em uma praia da capital amazonense.

“A principal falta desse aumento é a falta de consciência. A população normatizou a pandemia como se ela tivesse passado. É um absurdo que as pessoas estejam indo para festas e não usando máscaras porque estão consumindo bebidas. Isso precisa ser revisto. Era preciso que se decretasse realmente um lockdown”, disse o pesquisador à REVISTA CENARIUM.

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A festa clandestina acontecia na Praia Dourada, Zona Oeste de Manaus, quando foi encerrada por equipes da Central Integrada de Fiscalização (CIF), composta por servidores municipais e do Governo do Amazonas. O organizador não foi encontrado, mas o responsável pela venda de bebidas foi notificado pela Vigilância Sanitária.

A diretora presidente da FVS, Rosemary Costa Pinto, também já havia informado que o cenário epidemiológico da doença no Estado poderia ser reflexo da baixa adesão às medidas de prevenção à doença. “O que se percebe é a banalização da doença. Há um descaso com a prevenção à Covid-19, mas todo dia há registro de óbitos de infectados pelo novo Coronavírus”, lembrou.

Recorde de taxa de transmissão de Covid-19

Na última terça-feira, 24, o portal de notícias da Globo, o G1, divulgou que a taxa de transmissão do novo Coronavírus no Brasil é a maior desde maio, segundo dados do Imperial College de Londres, no Reino Unido.

Comprovando o aumento, os nove estados da Amazônia Legal registraram 1.107.065 casos de Covid-19 e juntos somam mais de 25 mil mortes. Pará, Mato Grosso, Maranhão e Amazonas são os Estados que lideram o número de vítimas da doença. Juntos, os quatro concentram 80% das mortes na região com 20.077 óbitos.

Durante a ação da CIF, segundo assessoria de imprensa, nesta sexta, foram fiscalizados 12 estabelecimentos. Desses, quatro foram encerrados e quatro foram notificados. Um estabelecimento, no bairro Nossa Senhora das Graças, foi interditado devido à grande aglomeração de pessoas.

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