Cientista da Ufam, que coordena estudos de nanotecnologia, é premiado pela Fapeam
30 de novembro de 2021
O doutor em Ciência e Engenharia de Materiais e professor do Departamento de Física da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Edgar Aparecido Sanches (Reprodução/ Arquivo Pessoal)
Karol Rocha – Revista Cenarium
MANAUS – A aplicação da nanotecnologia como solução para problemáticas do Amazonas é o foco dos estudos do doutor em Ciência e Engenharia de Materiais e professor do Departamento de Física da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) Edgar Aparecido Sanches. O trabalho, realizado ao longo de cinco anos, foi premiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), no início deste mês.
As linhas de pesquisa com materiais amazônicos surgiram em 2013, quando ele ingressou na Instituição. Atualmente, como pesquisador e docente na universidade, ele coordena turmas de mestrado, doutorado e pós-doutorado para o desenvolvimento e aplicação da nanotecnologia em favor da Amazônia.
Professor Edgar Sanches em registro rodeado de alunos e colaboradores da Ufam. (Divulgação/ Arquivo pessoal)
Um dos projetos analisa a utilização de óleos essenciais com componentes da Amazônia para o controle de pragas e vetores de doenças. A pesquisa foi desenvolvida no Laboratório de Polímeros Nanoestruturados (Nanopol) da Ufam, sob coordenação do professor.
“A nanotecnologia viabiliza o desenvolvimento de nanopartículas biodegradáveis onde são inseridos os óleos essenciais. Nesse processo, chamado encapsulação, o óleo essencial é liberado de dentro dessas nanopartículas durante um longo período, permitindo que o número de aplicações do produto seja reduzido, além da biodegradação de todos os componentes da fórmula”.
Ele comenta que também foi testado o efeito larvicida desses materiais em larvas dos vetores da dengue e malária. De acordo com Edgar Sanches, a própria riqueza encontrada na Amazônia pode solucionar problemas por meio da nanotecnologia – uma ciência que se dedica ao estudo da manipulação da matéria numa escala atômica e molecular, ou seja, é a ciência e tecnologia que foca nas propriedades especiais dos materiais de tamanho nanométrico.
“A cada ano, temos pensado na elaboração de novos projetos e novas problemáticas para contribuirmos com o desenvolvimento de nosso Estado. Essas pesquisas têm mostrado o tamanho da imensidão de possibilidades de estudos que os recursos amazônicos permitem. Nosso Estado é extremamente rico e cheio de alternativas que viabilizam a minimização de problemáticas regionais”.
Premiação pela Fapeam
Os estudos desenvolvidos com aplicação da nanotecnologia feita pelo professor Edgar Sanches e equipe de alunos foram reconhecidos na premiação “Prêmio Fapeam de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I)”, da Fapeam neste ano. Ele ganhou o prêmio na categoria Pesquisador Destaque em Ciências Exatas e da Terra. O reconhecimento ocorreu no início de novembro, em Manaus.
Para ele, a premiação é um estímulo para continuar com os estudos. “Temos desenvolvido projetos financiados pela Fapeam dentro dessa temática para aplicações específicas em pragas frutíferas e também em larvas de vetores de dengue e malária. E foi uma grande honra receber o prêmio de pesquisador destaque na área de ciências exatas. Iniciativas como essa nos mostram que a construção desse caminho tem sido válida e reconhecida, e nos estimulam a continuar”, comemorou.
Cientistas premiados
A premiação contemplou também outras áreas, como Ciências da Saúde, tendo como vencedor o professor Spartaco Astolfi Filho. Também na categoria Pesquisador Inovador foi premiada na área de Inovação para o setor público, a professora Claudia Guerra Monteiro; e Inovação para o setor empresarial, o professor Eduardo James Pereira Souto.
A premiação, que somou um total de R$ 248.160,00 foi financiada com recurso exclusivo do governo do Estado e reconheceu os trabalhos de pesquisadores das áreas de Ciências da Vida, Exatas, Humanas e Inovação, profissionais de comunicação e pesquisadores da educação básica, que desenvolvem projetos científicos no âmbito do Programa Ciência na Escola (PCE).
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