Cíntia Chagas consegue medida protetiva contra ex-marido acusado de agressão
Por: Letícia Misna
10 de outubro de 2024
MANAUS (AM) – A influenciadora Cíntia Chagas conseguiu na Justiça uma medida protetiva contra o ex-marido, deputado estadual Lucas Bove (PL/SP) por violência doméstica. Em queixa prestada à polícia em setembro deste ano, Cíntia relatou que sofreu abusos físicos e psicológicos de Lucas desde o início do relacionamento, dois anos antes do matrimônio. Eles se casaram no início de 2024, mas se separaram cerca três meses depois.
De acordo com a denúncia, Bove era ciumento e controlador, exigindo constantemente saber sua localização, além de verificar, através de chamadas de vídeo, onde Cíntia estava. Às autoridades, a influencer também contou que o parlamentar proferia ofensas com palavras de baixo calão contra ela, fazia chantagens, apertava partes de seu corpo e a deixava com lesões.

Cíntia relatou ainda que durante uma festa, Lucas a obrigou tirar foto com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), e depois a expulsou do local. Além desse caso, o parlamentar também já chegou a arremessar uma faca contra ela, machucando sua perna.
A medida protetiva obtida por Cíntia após a denúncia proíbe Lucas de se aproximar e se comunicar com a ex-esposa e seus familiares, além de não permitir que o parlamentar frequente os mesmos lugares que a influenciadora, sob pena de prisão preventiva. A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que a investigação está sob sigilo.
Parlamentar se pronuncia
Em meio à repercussão das acusações, Lucas se pronunciou através de uma publicação no Instagram, na quarta-feira, 9. O parlamentar escreveu “João 8:32”, versículo da Bíblica que diz “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.

Nesta quinta-feira, 10, Lucas Bove decidiu falar sobre o caso através de vídeo e um texto em que diz “Hoje meu coração está ferido, jamais esperava isso de quem tanto amei e cuidei. Para começar: EU JAMAIS ENCOSTARIA A MÃO PARA AGREDIR UMA MULHER”.
Na publicação ele fala que não pode “manifestar-se” ou “citar nomes” devido ao segredo de justiça, e que “vai continuar trabalhando por pior que esteja se sentindo”. Ele também agradeceu “às mensagens de apoio que tem recebido, na certeza de que o bem prevalecerá”.
