‘Ciumeira’ do Centrão e militares com o PP e o Governo Bolsonaro nada tem a ver com amor

Arthur Lira (PP-AL) e Braga Netto (Reprodução)

Via Brasília – Da Revista Cenarium

Orçamento e cargos em disputa

Com o Progressistas (PP) dono do “coração” do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) – via ascensão do senador sergipano Ciro Nogueira à Casa Civil, mas com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), no controle total do orçamento de investimentos do País, natural que surgissem dentro do Centrão os que reclamassem de “mais atenção” do Planalto. Enciumados com o casamento do PP com comunhão total de bens, líderes do PL, Republicanos e do PTB exigem uma “reforma de verdade”, cuja tradução livre seria, segundo um líder escanteado, mais ministérios e cargos. Ou seja, não se trata de “amor”, mas de apetite insaciável.

Acima do teto

O descontentamento chegou à ala ideológica do governo e à caserna, que têm mais de 6 mil fardados ocupando cargos-chave no governo federal, com altos salários a engordar seus soldos e bolsos. Ninguém quer perder a “boquinha”. Recentemente, circularam na mídia que alguns militares recebem salários de até três dígitos no Governo Bolsonaro. O general Luiz Eduardo Ramos, removido agora novamente do cargo para dar lugar a um prócere do Centrão, recebeu, em salário líquido, R$ 111,2 mil em junho. Já o valentão general Walter Braga Neto, ministro da Defesa, embolsou R$ 100,6 mil, enquanto que o ministro do GSI, general Augusto Heleno, teve vencimentos de R$ 107,2 mil, ambos em junho deste ano.

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DR com Bolsonaro

Um dos partidos que buscam uma DR com Bolsonaro é o PL. O partido quer discutir a relação “olho no olho”, porque deseja mais um ministério sem desalojar a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda. Mas, Bolsonaro encontra resistências nos demais partidos aliados que querem a cabeça de Flávia. Do jeito que a coisa anda, se Bolsonaro perde o Centrão, seu governo acaba, avalia esta liderança. Daí a certeza de que os pedidos acompanhados de juras de fidelidade dos setores mais fisiológicos do grupo serão atendidos. Cabe lembrar, no entanto, a velha máxima que se diz em Brasília, segundo a qual “o Centrão chora, carrega o caixão, enterra, mas não pula junto na cova”. Lula sabe disso e por isso é só assédio aos integrantes desse agrupamento político.

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