Colaboração entre CPI da Covid e STF pode comprometer ainda mais filhos de Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro e os filhos (Roberto Jayme/Ascom/TSE)
Via Brasília – Da Revista Cenarium

STF + CPI

Fonte próxima que circula no Senado revelou à Coluna Via Brasília que membros da CPI da Covid já tiveram encontros reservados com o ministro do STF, Alexandre de Moraes. A ideia é contar com a colaboração e o compartilhamento de informações entre a CPI das Fake News, os inquéritos contra atos antidemocráticos, que estão sendo apurados sob o comando de Moraes, e a comissão que apura as ações e omissões do governo federal durante a pandemia. Isso porque os consultores do Senado já observaram que, quando se trata de espalhar fake news sobre a Covid e pregar contra a democracia, os nomes implicados se repetem.

Bolsonaros na mira

Na lista de 26 políticos que teriam espalhado notícias falsas sobre a pandemia, apurada por técnicos da CPI do Senado, figuram ministros, deputados, senadores e os dois filhos do presidente Jair Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ). O ex-ministro da Saúde, Osmar Terra e a presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, deputada Bia Kicis (PSL-DF) – a quem caberia, pela posição que ocupa, manter a estrita observância às normas constitucionais, possuem várias menções no relatório.

Crime contra Saúde pública

Difundir tratamentos milagrosos e condutas não apoiadas na ciência, sobretudo numa pandemia que já vitimou mais de 540 mil brasileiros e brasileiras configura crime contra a saúde pública. Como pessoas públicas e formadores de opinião, esses políticos podem ter contribuído para dificultar o combate à doença no país. Durante o recesso parlamentar, os consultores vão organizar a farta documentação desta nova linha de investigação. Ao final, o que se pretende é verificar as responsabilidades na disseminação de ideias falsas ou distorcidas sobre a pandemia. São investigados, ainda, 68 perfis na internet, com milhares de seguidores, que viralizaram notícias desaconselhando as vacinas, mas que estão sob sigilo para não atrapalhar as investigações.

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