Com 600 casarões antigos, projeto quer revitalizar Centro Histórico de Cuiabá

Centro Histórico de Cuiabá (Reprodução/Iphan)
Davi Vittorazzi — Da Revista Cenarium

CUIABÁ (MT) — Um projeto está sendo desenvolvido pelo Ministério Publico de Mato Grosso (MPMT), em conjunto com organizações de preservação cultural, para viabilizar a revitalização do Centro Histórico de Cuiabá. Pelo menos 600 casarões antigos são reconhecidos pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

A região é considerada o berço da criação de Cuiabá, onde as primeiras ruas da cidade surgiram após a descoberta de ouro nas proximidades do córrego Prainha, em 1721. Mais de 300 anos depois, os prédios antigos são lembrados pela população apenas pela aparência de decadência e falta de cuidados – apesar de haver exceções, como o Palácio da Instrução e o prédio do Arquivo Público de Mato Grosso.

O MP promoveu uma reunião na última semana na sede das Promotorias de Justiça da Capital, que contou com a presença de representantes do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Mato Grosso (CAU-MT), do Instituto Cidade Legal (ICL) e da Associação de Cultura Muxirum Cuiabano, com objetivo de traçar estratégias para a recuperação dos imóveis da região.

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Comércio no Centro Histórico de Cuiabá (Reprodução/Fecomércio-MT)

O Centro Histórico tem uma arquitetura urbana inicial semelhante de outras cidades históricas brasileiras antigas, com predominância colonial. No entanto, ao longo do tempo, essa arquitetura passou por modificações e adaptações, incorporando outros estilos, como o neoclássico e o eclético. Atualmente, os prédios são usados como órgãos públicos, comércio, moradia e algumas locações não têm ocupação.

Segundo o MP, o projeto pretende devolver o protagonismo ao Centro Histórico e promover o bem-estar da população que mora e frequenta os locais. Entre os 600 imóveis reconhecidos pelo Iphan, 400 são tombados como patrimônio da capital mato-grossense.

Reunião discutiu projeto de revitalização do Centro Histórico (Reprodução/MPMT)

Para o promotor de Justiça Carlos Eduardo Silva, que também coordena o Centro de Apoio Operacional do Patrimônio Histórico e Cultural, disse que inicialmente serão escolhidos alguns imóveis, que estejam de posse do Poder Público, depois os que são privados. Segundo ele, após a recuperação, serão promovidos eventos para ocupação dos espaços.

Na reunião realizada, ficou defini que será realizado o projeto-piloto os prédios considerados emblemáticos, que são da Prefeitura de Cuiabá. “O próximo passo será agendarmos uma reunião com o Município de Cuiabá, incluindo a Procuradoria-Geral, a Secretaria de Cultura e o Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Urbano (IPDU), para apresentarmos essa proposta. Ela sendo aprovada, avançaremos na execução”, frisou o promotor.

Leia mais: Iphan vai disponibilizar R$ 7,5 mi para projetos sobre patrimônio cultural imaterial brasileiro
Editado por Aldizangela Brito
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