Com experiência em tratar Ebola na África, Médicos Sem Fronteiras se une ao Governo para combater Covid-19 no AM

O plano de ação da organização já teve início no pronto-socorro Delphina Aziz, em Manaus. (Divulgação)

Luís Henrique Oliveira – Da Revista Cenarium

MANAUS – Com vasta experiência contra a epidemia de Ebola que afetou a África Ocidental entre 2014 e 2016, equipes da Organização de Ajuda Humanitária Médicos Sem Fronteiras estão unindo forças para combater a Covid-19 no Amazonas. Na noite desta quarta-feira, 13, o governador Wilson Lima se reuniu com representantes da organização e com a coordenadora Cecília Hirata, apresentou o projeto de enfrentamento do novo Coronavírus no estado.

Além de atuar na África, o Médicos Sem Fronteiras também atuou durante o pico do novo Coronavírus em países da Europa, como Itália e Espanha. Agora, a organização desenvolveu um plano de atuação que vai reforçar o trabalho que já vem sendo desenvolvido pelo Governo do Estado no atendimento aos pacientes de Covid-19, na capital e no interior do estado.

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O governador Wilson Lima destacou a importância desse tipo de ajuda, em um momento de grave crise sanitária, sem precedentes para qualquer gestor público. “Estamos aqui para trabalhar de forma colaborativa. As nossas equipes estão à disposição e precisamos apenas discutir como tecnicamente as ações podem ser realizadas”, frisou.

De acordo com a coordenadora do projeto no Amazonas, Cecília Hirata, as ações pensadas para o estado compreendem desde a comunicação em massa de orientações de prevenção até a vinda de profissionais de saúde, o que ampliaria, assim, a capacidade de assistência das unidades de saúde da capital e do interior.

“No primeiro momento, teríamos como foco atividades que aconteceriam dentro da grande Manaus e em seguida, a gente conseguiria atingir o interior do Amazonas, que sente esse impacto da doença por serem populações mais vulneráveis”, disse Hirata.

Outro ponto de atuação destacado pela coordenadora está na intervenção em massa, utilizando a comunicação pelas redes sociais e meios de comunicação de grande alcance, como televisão e rádio, focando na orientação à população sobre questões de higiene e isolamento social.

Início dos trabalhos

O plano de ação da organização já teve início com a realização de formações em gestão de epidemia e medidas de prevenção de infecção nas unidades da rede estadual, já tendo sido iniciadas no Hospital Delphina Aziz, referência no atendimento a pacientes com Covid-19, em que foram treinadas mais de 300 profissionais.

Além de trabalhar diretamente com a Susam, a organização Médicos Sem Fronteiras também está atuando no auxílio das atividades voltadas a grupos de pessoas em situação de vulnerabilidade social e que têm sido desenvolvidas pela Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejusc) e Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas), com orientações para evitar que esse público seja um vetor.

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