Com meta ambiciosa para reduzir carbono, Maranhão busca financiamento por incentivo à ‘economia verde’

Estado busca garantir iniciativa público-privada global que proteger as florestas do mundo (Divulgação/TV Brasil)

Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium

MANAUS — Com uma meta ambiciosa para reduzir 16 milhões de toneladas de emissões líquidas de carbono entre 2022 e 2026, o Governo do Maranhão busca receber recursos da Coalizão LEAF, uma iniciativa público-privada global que visa mobilizar US$ 1 bilhão em financiamento para garantir proteção florestal, contribuindo para o crescimento verde dos países por meio de investimentos sustentáveis. 

O Estado é reconhecido, desde o final de 2020, no programa autônomo e independente de certificação internacional Art-Trees, que elabora análises técnicas para assegurar a conservação das florestas e fazer com que também haja contribuição para o desenvolvimento socioeconômico dessas regiões, estimulando a ambição dos países e colaborar, ainda, com as metas do Acordo de Paris, adotado por 195 países em 2015, para deter o aumento de temperatura do planeta.

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Por meio da Art-Trees, são desenvolvidos e administrados procedimentos padronizados que registram, verificam e creditam reduções e remoções de emissões de gases do efeito estufa provenientes de desmatamento e degradação florestal, o REDD+, com captação podendo chegar a US$ 10 por cada tonelada de carbono que não é mais emitida.

A partir do reconhecimento do programa, Maranhão pode receber o financiamento da Coalizão LEAF, já que as propostas dos governos interessados em obter o recurso serão selecionadas com base na capacidade para atender aos requisitos do Art-Trees. Nas redes sociais, o governador Flávio Dino (PSB) lembrou do feito e disse que o Estado teve propostas tecnicamente aprovadas para se habilitarem a obter o subsídio financeiro de apoio à economia verde.

“Maranhão e outros Estados da Amazônia tiveram propostas tecnicamente aprovadas para se habilitarem a recursos da Coalizão LEAF, de apoio à economia verde. Quando o ciclo de trevas se encerrar no Brasil, creio que teremos ótimos resultados, inclusive com retomada do Fundo Amazônia”, declarou o governador do Maranhão, em uma publicação na última segunda-feira, 28, no Twitter.

Coalizão LEAF

A Coalizão LEAF foi lançada em abril de 2021, durante a Cúpula do Clima, por um grupo de governos e empresas globais num dos maiores esforços público-privados para conservação de florestas tropicais e subtropicais do mundo.

À princípio, os participantes da iniciativa foram a Noruega, Reino Unido e Estados Unidos e as empresas Amazon, Airbnb, Bayer, BCG, GSK, McKinsey, Nestlé, Salesforce e Unilever, mas outros países e multinacionais também poderão entrar no programa, como o Brasil.

O valor do financiamento para os participantes com propostas aceitas totaliza US$ 1 bilhão, que deve ser disponibilizado em um período de cinco anos, visando a proteção da floresta tropical em todo o mundo a longo prazo.

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