Caolina Givoni – Da Revista Cenarium
MANAUS – Uma reunião extraordinária entre entidades representantes das indústrias do Amazonas neste sábado, 23, pode definir um apelo de flexibilização das atividades no Polo Industrial de Manaus (PIM), após o governador do Estado, Wilson Lima (PSC), anunciar redução dos turnos para fábricas, com exceção das produtoras de alimentos e insumos hospitalares.
Presidentes da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam) e do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), entre outras entidades vão analisar possibilidades do funcionamento do parque fabril, previsto para manter o expediente em até 12 horas para empresas de fora do roll prioritário.
O encontro surge um dia após a Moto Honda da Amazônia, responsável pela maior parte das motocicletas produzidas no País, comunicar que está suspendendo a produção até pelo menos o dia 4 de fevereiro. Faltam insumos, além de parte dos próprios funcionários estar com a Covid-19.
Decreto
Segundo o governador, haverá restrição de circulação de pessoas em 24 horas, com exceções para extremas necessidades. Como ir ao supermercado, por exemplo. “Essa é uma medida para que a gente possa diminuir, consequentemente, essa cadeia de novas infecções”, completou Wilson Lima.
As medidas, que começam a valer a partir desta segunda-feira, 25, após publicação no Diário Oficial do Estado (DOE) e surgem após um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para mitigar o contágio da Covid-19 na capital e no interior do Amazonas.
Arrecadação
Para o Governo do Amazonas, a paralisação das atividades da multinacional atinge considerável parcela da arrecadação do ICMS. Além de ser uma das maiores fábricas do Polo Industrial de Manaus (PIM), a Moto Honda movimenta fornecedoras de peças para as linhas de produção. A paralisação gera um movimento em cadeia, agravando a perda de ICMS.
A economia do Amazonas gira em torno das fábricas instaladas na capital em um parque fabril que é o maior da América Latina. Os demais setores econômicos, por outro lado, dependem da riqueza movimentada pela indústria. Segundo a Secretaria de Planejamento do Estado (Seplag), só a indústria responde por cerca de 29,5% do Produto Interno Bruto (PIB) amazonense.
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