Com pavilhões fechados após incêndio, negociações seguem no último dia da COP30


Por: Fabyo Cruz

21 de novembro de 2025
Com pavilhões fechados após incêndio, negociações seguem no último dia da COP30
Pavilhões com grades de isolamento na Zona Azul da COP30 (Fabyo Cruz/CENARIUM)

BELÉM (PA) – Os pavilhões da Zona Azul da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) permaneceram isolados por grades nesta sexta-feira, 21, um dia após o incêndio que atingiu a área e paralisou temporariamente as atividades. Público e parte dos profissionais credenciados seguem impedidos de acessar os setores mais afetados, enquanto equipes de segurança mantêm a região interditada para novas avaliações técnicas.

No local, colaboradores à reportagem informaram que não estão autorizados a conceder entrevistas e orientaram que todas as informações devem ser aguardadas pelos canais oficiais da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Governo do Brasil. As comunicações para a imprensa e para os participantes serão feitas de forma centralizada pelas instituições responsáveis.

A direção da conferência confirmou que as atividades foram retomadas ainda na noite de quinta-feira, cerca de seis horas após a paralisação causada pelo incêndio. “Ainda temos muito trabalho pela frente e confiamos que os delegados retornarão às negociações com espírito de solidariedade e determinação para garantir um resultado positivo para esta COP”, diz trecho da nota da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC, em inglês), órgão supremo da conferência.

LEIA TAMBÉM:

Movimentação de participantes na COP30 (Bruno Peres/Agência Brasil)

Com a COP30 chegando ao fim, delegações continuam trabalhando em seus compromissos diplomáticos e em ajustes dos textos que tratam de financiamento climático, adaptação e redução de emissões. As negociações seguem concentradas nos espaços liberados da Blue Zone, enquanto a circulação permanece restrita em áreas próximas ao foco do incêndio.

Na Green Zone, países como Coreia do Sul, Tailândia, China e Indonésia iniciaram a retirada de materiais e o desmonte de seus estandes. A programação aberta ao público já havia encerrado na quinta-feira, e a desmontagem faz parte do cronograma regular de finalização das estruturas montadas para a conferência.

O Ministério da Saúde informou que 27 pessoas receberam atendimento após o incêndio, a maioria por inalação de fumaça ou crises de ansiedade. Vinte e uma delas já receberam alta, e não houve registros de queimaduras. O monitoramento segue sendo feito por equipes federais, estaduais e municipais, coordenadas pelo Centro Integrado de Operações Conjuntas da Saúde (Ciocs).

A carta enviada pela ONU ao foverno federal na semana passada também voltou a repercutir após o incidente. No documento, a organização alertava para riscos estruturais, incluindo exposição à eletricidade, e para problemas como goteiras e falhas de refrigeração. A Casa Civil, em resposta, afirmou que não houve alagamentos e que ocorrências pontuais foram reparadas rapidamente durante o evento.

Leia mais: Veja momento em que fogo inicia na Zona Azul da COP30
Editado por Adrisa De Góes

O que você achou deste conteúdo?

VOLTAR PARA O TOPO
Visão Geral de Privacidade

Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.