Com pintura em parede, exposição de arte conta história centenária de Porto Velho
19 de junho de 2021

Iury Lima – Da Revista Cenarium
VILHENA (RO) – Com início nesta semana, segue até 18 de julho, em Porto Velho, capital de Rondônia, a exposição “Empório Amazônico III”, que relembra a história centenária da capital rondoniense, com obras do artista plástico Assis Chateaubriand, que encanta com seu trabalho e talento há 30 anos.
Utilizando óleo sobre tela, Chateaubriand conta a história regional por meio de suas telas, brincando com as técnicas monocrômica e de impressionismo. A exposição conta com quase 40 trabalhos e está aberta ao público, de forma gratuita, de segunda a sábado, na Casa da Cultura Ivan Marrocos.

Mais de um século em apenas 12 horas
Mesmo ainda jovem, com 40 anos, o Estado de Rondônia, hoje na condição de Unidade da Federação, carrega uma história ainda mais antiga. Virou Estado apenas em 1981, passou a ser chamado de Rondônia em 1956, mas antes disso, já foi chamado de Território do Guaporé e pertenceu aos vizinhos Amazonas e Mato Grosso. Já Porto Velho, teve fundação estabelecida em 1097 e reconhecida legalmente sete anos depois.
Todo este legado foi transformado em obra de arte, num processo ininterrupto de 12 horas. Assis Chateaubriand utilizou todo o seu talento aprimorado em três décadas de experiência para compor a tela principal, que dá sentido ao tema da exposição. Batizado de “Evolução”, o enorme painel ganhou vida ali mesmo, pincelado diretamente na parede da galeria Afonso Ligório, dentro da Casa da Cultura Ivan Marrocos.

“Isso é um trabalho que eu fiz em homenagem a Porto Velho, nossa capital, para todas aquelas pessoas que são descendentes dos ferroviários”, declarou o artista. Uma pena é que após o término da exposição, em 18 de julho, a obra inteira será apagada, dando lugar novamente à tinta branca da decoração da casa.
A atração conta com o intermédio da Fundação Cultural do Estado de Rondônia (Funcer), que avalia que “a exposição valoriza a arte regional com temáticas locais, lembrando a comunidade sobre a importância dos ferroviários da Estrada de Ferro Madeira Mamoré e dos grupos que contribuíram para a formação de Porto Velho”.

Construída na década de 40, a vila foi demolida mais de 40 anos depois. (Luis Claro/Reprodução) 
Hoje, a Casa da Cultura Ivan Marrocos dá lugar à antiga Vila Erse (Daiane Mendonça/Reprodução)
A Vila Erse começou a ser erguida em 1940, uma das obras do ex-presidente Getúlio Vargas e foi demolida mais de 40 anos depois, em 1984, dando lugar à Casa de Cultura Ivan Marrocos, em homenagem a um jornalista da capital que faleceu na década de 90.
Como chegar à exposição
A Casa da Cultura Ivan Marrocos, onde acontece a exposição “Empório Amazônico III”, fica na Avenida Carlos Gomes, nº 563, Caiari, em Porto Velho. A galeria fica aberta ao público de forma geral, gratuitamente, de segunda a sexta, entre 8h e 17h30 e, aos sábados, das 9h às 14h, até 18 de julho.
Confira o processo de criação da obra “Evolução”
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