Com pintura em parede, exposição de arte conta história centenária de Porto Velho
19 de junho de 2021
Obra tema da exposição foi feita em 12 horas seguidas, contando marcos importantes da história da capital de Rondônia. (Gabriel Metran/Reprodução)
Iury Lima – Da Revista Cenarium
VILHENA (RO) – Com início nesta semana, segue até 18 de julho, em Porto Velho, capital de Rondônia, a exposição “Empório Amazônico III”, que relembra a história centenária da capital rondoniense, com obras do artista plástico Assis Chateaubriand, que encanta com seu trabalho e talento há 30 anos.
Utilizando óleo sobre tela, Chateaubriand conta a história regional por meio de suas telas, brincando com as técnicas monocrômica e de impressionismo. A exposição conta com quase 40 trabalhos e está aberta ao público, de forma gratuita, de segunda a sábado, na Casa da Cultura Ivan Marrocos.
São quase 40 obras de autoria de Assis Chateaubriand espalhadas pela galeria Afonso Ligório, na Casa da Cultura. (Gabriel Metran/Reprodução)
Mais de um século em apenas 12 horas
Mesmo ainda jovem, com 40 anos, o Estado de Rondônia, hoje na condição de Unidade da Federação, carrega uma história ainda mais antiga. Virou Estado apenas em 1981, passou a ser chamado de Rondônia em 1956, mas antes disso, já foi chamado de Território do Guaporé e pertenceu aos vizinhos Amazonas e Mato Grosso. Já Porto Velho, teve fundação estabelecida em 1097 e reconhecida legalmente sete anos depois.
Todo este legado foi transformado em obra de arte, num processo ininterrupto de 12 horas. Assis Chateaubriand utilizou todo o seu talento aprimorado em três décadas de experiência para compor a tela principal, que dá sentido ao tema da exposição. Batizado de “Evolução”, o enorme painel ganhou vida ali mesmo, pincelado diretamente na parede da galeria Afonso Ligório, dentro da Casa da Cultura Ivan Marrocos.
Chateaubriand retratou a evolução de Porto Velho sob sua ótica em 12 horas, dando vida a uma das paredes da galeria. (Reprodução/Fundação Cultural do Estado de Rondônia – Jucer)
“Isso é um trabalho que eu fiz em homenagem a Porto Velho, nossa capital, para todas aquelas pessoas que são descendentes dos ferroviários”, declarou o artista. Uma pena é que após o término da exposição, em 18 de julho, a obra inteira será apagada, dando lugar novamente à tinta branca da decoração da casa.
A atração conta com o intermédio da Fundação Cultural do Estado de Rondônia (Funcer), que avalia que “a exposição valoriza a arte regional com temáticas locais, lembrando a comunidade sobre a importância dos ferroviários da Estrada de Ferro Madeira Mamoré e dos grupos que contribuíram para a formação de Porto Velho”.
Construída na década de 40, a vila foi demolida mais de 40 anos depois. (Luis Claro/Reprodução)
Hoje, a Casa da Cultura Ivan Marrocos dá lugar à antiga Vila Erse (Daiane Mendonça/Reprodução)
A Vila Erse começou a ser erguida em 1940, uma das obras do ex-presidente Getúlio Vargas e foi demolida mais de 40 anos depois, em 1984, dando lugar à Casa de Cultura Ivan Marrocos, em homenagem a um jornalista da capital que faleceu na década de 90.
Como chegar à exposição
A Casa da Cultura Ivan Marrocos, onde acontece a exposição “Empório Amazônico III”, fica na Avenida Carlos Gomes, nº 563, Caiari, em Porto Velho. A galeria fica aberta ao público de forma geral, gratuitamente, de segunda a sexta, entre 8h e 17h30 e, aos sábados, das 9h às 14h, até 18 de julho.
Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.
Cookies Estritamente Necessários
O cookie estritamente necessário deve estar ativado o tempo todo para que possamos salvar suas preferências de configuração de cookies.
Se você desativar este cookie, não poderemos salvar suas preferências. Isso significa que toda vez que você visitar este site, precisará habilitar ou desabilitar os cookies novamente.