Com informações do O Globo
BRASÍLIA – O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou na terça-feira que o objetivo da nova operação de Garantia de Lei e da Ordem (GLO) na Amazônia é o de atingir uma redução de até 12% na taxa anual de desmatamento, calculada entre agosto de 2020 e julho deste ano. De acordo com Mourão, cerca de três mil militares irão participar da ação, que começou na semana passada e se estenderá, inicialmente, até agosto, podendo ser prorrogada.
O presidente do Conselho da Amazônia se reuniu com outros ministros para apresentar detalhes da chamada Operação Samaúma, batizada em homenagem a uma árvore da Amazônia. Recém-nomeado ministro do Meio Ambiente, Joaquim Álvaro Pereira Leite foi um dos presentes. O antecessor dele, Ricardo Salles, irritou Mourão ao não comparecer à última reunião do conselho.
Essa será a terceira GLO ambiental realizada no governo Bolsonaro. A primeira foi feita entre agosto e outubro de 2019, e a segunda ocorreu entre maio de 2020 e abril de 2021. Segundo Mourão, houve um “aumento significativo” no desmatamento após a retirada dos militares este ano.
“Nós vínhamos em uma trajetória muito boa até o fim de abril. Após a saída das Forças Armadas, houve um aumento significativo do desmatamento, principalmente no mês de maio. Os índices foram bem elevados”, disse o vice-presidente, após a reunião.
Mourão quer uma atuação forte ainda em julho a tempo de o esforço ser refletido nos dados do Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), que consolida os índices anuais de destamaento.
O último levantamento do Prodes, divulgado em novembro, mostrou um avanço de 9,5% do desmatamento na região. Foi a primeira vez em que o período analisado pelo sistema abrangia exclusivamente o governo de Jair Bolsonaro.
“E agora, dentro da nossa visão de fechar esse ciclo do Prodes com um resultado positivo, vamos atuar em força (total) neste mês de julho, de modo que a gente feche o ciclo em uma redução na faixa de 10%, 12%”, afirmou.
Além dos militares, também atuarão servidores de órgãos ambientais, como o Ibama e o ICMBio, e das polícias Federal e Rodoviária Federal.