Com seca intensa, município de MT proíbe uso de água para lavar carros e encher piscinas
13 de agosto de 2024
Área de mata consumida pelo fogo próximo a trecho de rio em Mato Grosso (Joédson Alves/Agência Brasil)
Davi Vittorazzi — Da Cenarium
CUIABÁ (MT) — A crise hídrica e os incêndios florestais fizeram o município de Nossa Senhora do Livramento (a 42 quilômetros de Cuiabá) decretar situação de emergência pela condição de seca. A prefeitura proibiu o uso de água para lavar carros e abastecer piscinas. A medida foi publicada no Diário Oficial nessa segunda-feira, 12.
O município justifica que houve redução do período chuvoso neste ano e que, por consequência, o nível das águas que abastecem a cidade ficaram abaixo do normal. O decreto tem vigência de 180 dias e pode ser prorrogado.
Conforme o documento, a situação climatológica na cidade, com chuvas irregulares, vem provocando um regime hídrico inferior à média mensal, o que causa danos ao setor da agricultura, agricultura familiar, agropecuária e propriedades rurais em geral.
Prefeitura de Nossa Senhora do Livramento, em Mato Grosso (Divulgação)
“Diante da existência de Situação de Emergência, fica proibida a utilização de água fornecida pelo Município para abastecimento e substituição de água de piscinas, lavagem de fachadas, calçadas, pisos, muros e veículos com o uso de mangueiras, até que se restabeleça a normalidade de abastecimento de água”, estabelece o decreto.
Outra medida do decreto é a criação de um comitê de crise, formado pelo prefeito e representantes de outros membros de secretarias do município. Os integrantes passam a se reunir diariamente para deliberar e direcionar as ações e medidas.
Crise hídrica na Bacia do Rio Paraguai
A Região Hidrográfica do Paraguai, que fica no Pantanal de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, enfrenta uma seca severa. Em maio deste ano, a situação crítica de escassez foi reconhecida pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
Seca assola Rio Paraguai, em Mato Grosso (Toninho Ruiz)
A resolução aprovada declara a situação de escassez até 31 de outubro deste ano, fim do período seco normal na bacia do Paraguai, que pode ser prorrogada ou suspensa, a depender da evolução climática. Segundo a ANA, a decisão foi tomada considerando ao atual cenário da região e por manifestações Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Serviço Geológico do Brasil (SGB), sobre a escassez hídrica estar mais agravada em comparação com anos anteriores.
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