Com tatuagens nazistas, estrangeiro é agredido em bloco de Carnaval no Rio
Por: Cenarium*
04 de março de 2025
RIO DE JANEIRO (RJ) – Um estrangeiro, de nacionalidade e nome ainda não identificada, foi agredido em um bloco de Carnaval no Centro do Rio de Janeiro, na tarde dessa segunda-feira, 3. Segundo relatos, o homem tem duas suásticas tatuadas no corpo, além da sigla da Polícia do Estado da Alemanha nazista, a SS, e um Sol negro, outro símbolo associado ao regime autoritário liderado por Adolf Hitler.

A confusão aconteceu no bloco “Marimbondo Não Respeita“, que desfila na Avenida Franklin Roosevelt. Ainda na concentração, as tatuagens do estrangeiro começaram a chamar a atenção dos foliões.
O jornalista Rodolfo Gaioto contou que foi até o estrangeiro e disse que ele não era bem-vindo no bloco. Segundo o folião, ele respondeu que não era nazista, mas a briga começou. Outros foliões pediram calma e retiraram o estrangeiro do cortejo.
O homem, de acordo com quem testemunhou a cena, tem uma suástica tatuada na nuca e outra na testa. Embora associada ao nazismo, o símbolo também é usado por religiões como o budismo e o hinduísmo.
Ainda segundo foliões, além das suásticas, o estrangeiro tem o símbolo SS tatuado no rosto. A sigla é como ficou conhecido o Schutzstaffel, organização paramilitar e de segurança a serviço de Hitler e outros líderes do Partido Nazista.
Além disso, foliões observaram que ele tinha um Sol negro no braço esquerdo. O símbolo é uma combinação dos três símbolos mais relevantes da ideologia nazista: a roda solar, a suástica e a runa da vitória, letra do alfabeto usado pelas antigas tribos germânicas.
Na sua versão mais popular, é representado por dois círculos concêntricos, com linhas tortas que vão da circunferência interna até a externa. Apesar de ser encontrado em diversas culturas, ele é de origem nórdica e foi apropriado pelo nazismo para forçar uma relação histórica com os “vikings”.
A Polícia Militar foi procurada e informou que nenhuma ocorrência foi registrada no local. Já a Secretaria municipal de Saúde afirmou que, sem a identificação, não consegue confirmar se atendeu o estrangeiro em alguma das unidades de emergência.
A organização do bloco “Marimbondo Não Respeita” foi procurada pela equipe do GLOBO, mas até o momento não houve resposta.