Comércio, Indústria e Serviços contribuem para redução do desemprego no Brasil

A Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS). (Agência Brasília)
Marcela Leiros – Da Revista Cenarium

MANAUS — O Brasil tem, atualmente, 12,9 milhões de pessoas desocupadas, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nessa terça-feira, 28. Na comparação com o trimestre encerrado em outubro de 2020, quando eram 14,6 milhões de desocupados, o número caiu 11,3%, menos 1,7 milhão de pessoas. Segundo o Instituto, a redução do desemprego foi causado pela expansão da contratação nos setores de Comércio, Indústria e Serviços.

A população ocupada chegou a 94 milhões de pessoas em busca de uma vaga de emprego, crescimento de 10,2% (8,7 milhões de pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2020. “Essa retração da desocupação foi principalmente possibilitada por uma expansão bastante significativa da ocupação, que hoje chega a 94 milhões de pessoas. Essa participação que se expande ocorreu em diversas atividades econômicas, mas foi principalmente observada no Comércio, Indústria e Serviços”, explica a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.

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Informalidade

A taxa de informalidade foi de 40,7% da população ocupada, ou seja, 38,2 milhões de trabalhadores informais. No trimestre anterior, a taxa havia sido 40,2% e, no mesmo trimestre de 2020, 38,4%. “Mas é importante frisar que nos últimos trimestres também ocorreu uma gradativa recuperação da carteira de trabalho na PNAD Contínua, mostrando que, embora se mantém o predomínio da informalidade, as atividades que contratam trabalhadores por meio da carteira de trabalho também têm apresentado expansão, contribuindo não apenas para uma recuperação quantitativa, mas também para a recuperação dos vínculos formais”, pontuou ainda a coordenadora.

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O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado, fora os trabalhadores domésticos, foi de 33,9 milhões de pessoas, aumentando mais de 1,3 milhão de pessoas (4,1%) frente ao trimestre anterior e mais 2,6 milhões de pessoas (8,1%) frente a 2020. Já o número de empregados sem carteira assinada no setor privado, 12 milhões de pessoas, aumentou em 1 milhão de pessoas (9,5%) ante o trimestre anterior e 2 milhões de pessoas (19,8%) em relação a igual trimestre de 2020.

O número de trabalhadores por conta própria, 25,6 milhões de pessoas, cresceu em 638 mil pessoas (2,6%) na comparação mensal e 3,5 milhões de pessoas (15,8%) na comparação anual. O número de trabalhadores domésticos, 5,5 milhões de pessoas,  aumentou mais 400 mil pessoas (7,8%) no trimestre e mais 1 milhão de pessoas (22,3%) no ano.

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