Comissão brasileira estuda projetos para conferência ambiental da ONU

Brasil quer mostrar ações ambientais na COP26 (Reprodução/ Internet)
Cassandra Castro – Da Cenarium

BRASÍLIA (DF) – O governo brasileiro quer participar da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26) como um protagonista importante na corrida contra o tempo – que os países travam – para evitar um agravamento ainda maior das mudanças climáticas sobre o planeta.

Durante uma audiência pública realizada nesta sexta-feira, 20, na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS) da Câmara dos Deputados, representantes do governo federal e de entidades representativas de setores ligados à produção rural, ao cooperativismo e à assistência e extensão rural falaram sobre o que o Brasil já possui de concreto para ser mostrado durante a Conferência.

Ações concretas

O secretário-adjunto da Secretaria de Clima e Relações Internacionais do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Marcelo Donnini Freire, afirmou que o Brasil está indo para a COP26 com grande proposição de mostrar um panorama amplo da diversidade do País, que tem dimensões continentais e que quer chegar a Glasgow, na Escócia, marcando posição de destaque.

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“Este ano, com a conferência no formato presencial, teremos um estande maior na conferência e iremos ampliar a nossa visibilidade com uma programação diferenciada. Também teremos um estande montado aqui na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI) que irá contar com transmissões ao vivo do que acontecerá na Escócia, o que vai permitir uma interação maior”, disse.

Marcelo Donnini disse que todo o trabalho prévio de preparação do Brasil rumo à COP26 tem sido fechado com muitas rodadas de diálogos com diversos segmentos da sociedade brasileira com o objetivo de engajamento das pessoas, mas também para conhecer a realidade de cada setor.

O secretário de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Fernando Camargo, destacou o papel da agropecuária brasileira na promoção do desenvolvimento sustentável do Brasil.

À exemplo de projetos que tornaram o Brasil um país referência em tecnologia na produção de alimentos, um deles é o Plano ABC – Agricultura de Baixo Carbono que alcançou 52 milhões de hectares cultivados no período de 2010 a 2018 e já avança em um novo ciclo para incorporar novas metas e tecnologias.

Mercado global de carbono

Um ponto que foi destacado pelos participantes da audiência pública é o do posicionamento do Brasil em buscar incessantemente a regulamentação do artigo 6º do Pacto de Paris que trata sobre o mercado global de carbono. Na avaliação dos representantes das entidades convidadas, o país tem tudo para ser um grande protagonista mundial por sua biodiversidade e potencial agroambiental.

O vice-presidente da Confederação Nacional da Agricultura, Muni Lourenço Silva, falou que a agropecuária brasileira quer figurar como parte da solução para os desafios das mudanças climáticas através da adoção de boas práticas produtivas. “A COP é um palco extremamente importante para mostrar o comprometimento do produtor rural brasileiro com a questão ambiental”.

A COP26 será realizada em novembro, na Escócia. Mais de 190 líderes mundiais são esperados para rodadas de conversas durante os 12 dias do evento.

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